Protesto dos trabalhadores da Printer

A Comissão do Trabalho, Segurança Social e Inclusão aprovou um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para ouvir no parlamento o presidente da gráfica Printer Portuguesa, Álvaro Sobrinho, tendo rejeitado a audição à ministra do Trabalho.

Além de Álvaro Sobrinho, os deputados querem ouvir, também, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA) sobre a situação de incerteza dos trabalhadores da gráfica Printer Portuguesa, em Casais de Mem Martins, no concelho de Sintra.

Num requerimento entregue esta segunda-feira na Assembleia da República, dirigido ao presidente da 10.ª comissão, Eurico Brilhante Dias, os bloquistas sublinham que 120 trabalhadores da gráfica localizada em Sintra “estão a ser afastados dos seus postos de trabalho e impedidos de entrar na empresa desde o passado dia 24 de abril”.

O documento assinado pelos deputados José Soeiro e Marisa Matias recorda que a empresa deixou os trabalhadores “sem resposta durante largas semanas” e que, “após pressão política e mediática”, decidiu prestar declarações sem “qualquer solução para a situação em que se encontram os seus trabalhadores”.

Segundo os bloquistas, o encerramento da empresa está a causar “graves prejuízos” na vida pessoal e familiar dos trabalhadores da gráfica, que, perante este cenário, “não conseguem responder aos seus encargos pessoais e familiares, nem aceder a qualquer proteção social.