Trabalhadores da Printer em greve por tempo indeterminado

Trabalhadores da Printer Portuguesa, em Rio de Mouro com salários em atraso (abril), protestam temendo pelo seu futuro “sem perspetivas de regressar ao trabalho” e pelo encerramento da empresa, por tempo indeterminado.

Exigem resposta do Estado, nomeadamente acesso aos apoios sociais que visem minimizar no imediato as carências financeiras para satisfazer créditos bancários, rendas casa e as naturais despesas no plano individual e familiar.

Os salários do mês de abril ainda não foram pagos, provocando uma situação de “angústia e de serem impedidos de entrar nas instalações da empresa, numa clara violação da lei”, segundo o SITE CSRA – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas.

“Este cenário é extremamente preocupante para os trabalhadores, que dependem dos seus salários para sustentar as suas famílias e cumprir com as suas obrigações financeiras. O possível encerramento da empresa coloca em risco o seu sustento e o futuro das suas famílias”, destaca sindicato.

Neste momento, os trabalhadores não têm acesso às instalações da empresa, “para além de constituir um impedimento dos seus direitos, impede-os de aceder aos seus pertences pessoais e de recolher informações sobre o seu futuro profissional”, denuncia o sindicato, considerando que esta situação “gera ansiedade e incerteza entre os trabalhadores, que se sentem desamparados e desprotegidos”.

Os trabalhadores pedem a intervenção das autoridades competentes para a resolução desta situação “o mais rapidamente possível”, no sentido de garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

Até ao momento não foi divulgada a posição da Administração da empresa sobre este protesto dos trabalhadores.

A Printer Portuguesa, empresa gráfica com cerca de 120 trabalhadores e mais de 50 anos de experiência, especializada em livros de capa dura e outros produtos gráficos, situada em Casais de Mem Martins, freguesia de Rio de Mouro, enfrenta graves dificuldades financeiras.

[Notícia corrigida]

Fotografia: Sintra Notícias com Correio de Sintra