Foi apresentado o Centro de Interpretação da Natureza de Monserrate, um equipamento dirigido às escolas e às famílias, situado em pleno Parque de Monserrate, que promove a sensibilização ambiental e o conhecimento sobre a fauna e a flora presentes nos ecossistemas únicos que caracterizam a Serra de Sintra.

Para Sofia Cruz, presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra, enfatizou a importância deste equipamento no âmbito da estratégia da programação educativa da empresa, cujo foco incide “na criação de relações de partilha e proximidade do público mais jovem com o património arquitetónico, museológico e natural”. A responsável aproveitou a ocasião, pata anunciar que, “em 2024, a Parques de Sintra vai aprofundar e aumentar a sua oferta de visitas e atividades diversas. Vão ser mais de 300 sessões com atividades destinadas ao público em geral.”

Relativamente ao Plano de Educação Ambiental da Parques de Sintra, “pretende comunicar mais e melhor os valores naturais e a biodiversidade de todo o Parque Natural de Sintra-Cascais, sendo também uma forma de divulgação do trabalho desenvolvido pela Parques de Sintra.

Segundo Sofia Cruz, “vai permitir o reforço da dinamização dos nossos equipamentos ambientais como o Centro de Interpretação da Natureza de Monserrate, mas também a Quintinha de Monserrate e os percursos nas tapadas florestais de D. Fernando II e de Monserrate. A Parques de Sintra irá assim contribuir para a literacia científica do público, através da aquisição de novos conhecimentos e atitudes face ao ambiente em temas de grande relevância como a biodiversidade, a sustentabilidade ou as ameaças ambientais.” 

Sofia Cruz, presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra e Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra

Por seu turno, Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, lembrou que “dar a conhecer o património é um passo essencial para a sua preservação, sobretudo junto dos jovens que, por vezes, estão longe de saber a importância que o património tem na sua personalidade individual e na personalidade coletiva do povo em que se inserem”.

O autarca destacou o investimento de 40 milhões realizado pela Parques de Sintra ao longo da última década e os 25 milhões de visitas que o património gerido pela empresa recebeu no mesmo período, afirmando que são “números muito relevantes”.

Basílio Horta salientou ainda a “colaboração impecável” do município com a empresa: “duas entidades que devem estar alinhadas na responsabilidade enorme que é manter intacto o património, que é, em grande parte, um cimento, até, da nossa nacionalidade, uma vez que esta assenta, em larga medida, no património comum.” Frisou, ainda, a “enorme utilidade do ótimo trabalho que a Parques de Sintra tem vindo a fazer ao longo dos anos”. “Não é impunemente que é considerada, a nível mundial, um exemplo de preservação”, rematou.

Recorrendo a uma abordagem inovadora que assenta em ferramentas digitais e materiais didáticos, o Centro de Interpretação da Natureza de Monserrate convida os jovens a viajar no tempo, para conhecer os principais episódios que definiram a história geológica, cultural e natural da Serra de Sintra. 

O espaço conta também com um aquaterrário, que recria um ecossistema ribeirinho da região, possibilitando a descoberta e exploração de um habitat único, com espécies aquáticas endémicas e ameaçadas, como a boga-portuguesa. Destaque, ainda, para o modelo de um carvalho-português, decomposto em raiz, tronco e copa, que explica a biologia da árvore. 

A visita terminou com a projeção de perfis de aves e mamíferos alados em voo, com a qual se pretende que os visitantes consigam identificar estas espécies pelo seu comportamento, pelos seus traços anatómicos ou até pelas respetivas vocalizações.