Os SMAS de Sintra reforçam a rede de oleões no concelho com mais 20 equipamentos, somando-se aos já 193 equipamentos existentes. Esta aposta passa por aumentar a capacidade de deposição de óleos alimentares usados (OAU), um resíduo que constitui um grave problema ambiental quando encaminhado através da rede de esgotos ou depositado na contentorização de resíduos indiferenciados.
Em 2023, cerca de 30 toneladas de OAU foram recolhidas e direcionadas para valorização, visando a produção de biodiesel, mas também como matéria-prima para a produção de tintas, vernizes, sabonetes, velas ou detergentes.
Nos últimos anos, os SMAS de Sintra reforçaram esta rede de recolha em zonas mais densamente povoadas, introduzindo, também, algumas melhorias, como a relocalização de equipamentos com reduzida produção e requalificação de alguns exemplares.
Foi ainda dado destaque à conscientização da população sobre os danos resultantes da deposição inadequada na rede de saneamento que, além de causar danos e obstruções nas canalizações, favorece o aparecimento de pragas e aumenta os custos inerentes ao tratamento de água residuais. Quando colocados em contentores de resíduos indiferenciados, podem provocar situações de insalubridade pública, derrames para a via pública e a eventual contaminação de solos e diferentes cursos de água.
Alerta ambiental
A sensibilização passa ainda pelo alerta ambiental que 1 litro de OAU pode contaminar 1 milhão de litros de água, mas também que este resíduo, desde que recolhido de forma seletiva, poderá dar origem a biodiesel, um combustível que apresenta índices de emissão de dióxido de carbono que podem ser 80% mais baixos do que os que são emitidos ao utilizar gasóleo, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente.
A rede de oleões em Sintra foi criada em 2003, concelho pioneiro na criação de uma rede municipal, e abrange equipamentos na via pública e em mercados municipais, mas também em locais privados de uso público, nomeadamente estacionamentos de unidades comerciais e associações locais e grupos desportivos, mediante protocolos, no sentido de garantir a sua vigilância.
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