A principal conduta adutora dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra), de diâmetro nominal 1200/1000 mm em aço, foi alvo de um ensaio de estanquicidade, no sentido de avaliar a existência de fugas de água ao longo do seu percurso, com cerca de oito quilómetros de extensão, entre os reservatórios do Alto de Carenque e das Mercês.
Após a realização do ensaio, constatou-se que a conduta mantém a sua estanquicidade original, não apresentando qualquer rotura.
A entrada em exploração do derradeiro troço desta conduta, que se assume como estruturante no sistema de distribuição de água do concelho, permitiu desativar em 2017 a anterior conduta de DN 1000 mm, em betão, que apresentava diversas roturas, originando uma significativa perda de água.
A nova conduta foi essencial para a trajetória descendente de redução das perdas de água, que em 2014 ascendia a 30,9% e em 2022 se situa nos 17,7%, com o objetivo já assumido de atingir os 15% no final de 2025.
Sendo uma conduta com oito quilómetros de extensão, poderão ocorrer pequenos furos na tubagem em aço, com perdas de água que, caso não estejam visíveis, serão difíceis de detetar. Perante esta dificuldade, afigura-se conveniente a realização de ensaios periódicos de estanquicidade, com o encerramento de todas as derivações e verificação do caudal na saída do Reservatório do Alto de Carenque, gerido pela EPAL (Empresa Portuguesa de Águas Livres), a principal fornecedora da água distribuída na rede pública do concelho a partir da albufeira de Castelo de Bode.
O ensaio de estanquicidade implicou a realização de trabalhos preparatórios, coordenados pela Divisão de Águas de Abastecimento, mas que envolveu ainda a Divisão de Telegestão e a Divisão de Auditoria, Sistema de Gestão Integrado e Comunicação, neste caso com elaboração de aviso de interrupção de abastecimento de água na zona da Serra da Silveira e também no concelho da Amadora, nas áreas de Casal Vicente, Quinta dos Anjos e Carenque, motivando, assim, o apoio dos Serviços Intermunicipalizados de Oeiras e Amadora. A intervenção contou ainda com a colaboração da EPAL.
Através do planeamento do ensaio, foi possível evitar a existência de maiores perturbações na distribuição de água à população do concelho de Sintra e, com dois dias de antecedência, abastecer reservatórios para qualquer eventualidade. Houve necessidade ainda, através da unidade de Telegestão, de preparar as reservas de água em caso de anomalias no ensaio, que obrigaria a uma avaliação da conduta troço a troço e a uma intervenção que, estima-se, poderia levar um dia inteiro.
