O projeto “Good Food, Good Loop”, que conta com os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) como parceiro, está em destaque no VIII Congresso de Alimentação e Autarquias, que decorre, nos próximos dias 24 e 25 de novembro, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.
O projeto vai ser apresentado como uma boa prática das autarquias em alimentação, através das intervenções da nutricionista Raquel Ferreira (Câmara de Sintra) e Maria Vicente (Município de Figueira de Castelo Rodrigo), que são os promotores do projeto, em parceria com os SMAS de Sintra, os Agrupamentos de Escolas D. Carlos I (Sintra) e de Figueira de Castelo Rodrigo, para além da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Contribuindo para o cumprimento de vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a agenda das Nações Unidas até 2030, o projeto “Good Food, Good Loop” visa incentivar “o consumo integral de uma refeição escolar saudável e nutritiva” e capacitar a comunidade escolar para a promoção da “ingestão de fruta e hortícolas junto das crianças”, com vista à promoção da saúde e do bem-estar.
O projeto pretende, ainda, promover a inclusão social e a criação de sinergias de colaboração, “através da partilha e transferência de conhecimento e práticas de educação, investigação e promoção de saúde alimentar, nutricional e ambiental”.
Os SMAS de Sintra participam neste projeto através de apoio à participação de um investigador, “contribuindo com os recursos científicos e técnicos para a sua boa execução”, estando, ainda a seu cargo, a implementação da recolha seletiva de biorresíduos no Agrupamento de Escolas D. Carlos I.
Congresso da Alimentação e Autarquias
O Congresso de Alimentação e Autarquias é promovido pela Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, com o apoio da Câmara de Sintra.
Ao longo de dois dias, serão debatidas estratégias municipais que visam encarar a alimentação como um meio de promoção da saúde e bem-estar da população, contando com o testemunho, entre outros, dos municípios de Resende, Amarante, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Porto, Benavente, Braga e Cascais.
Um congresso com relevância em função da evidência científica de que o desperdício de alimentos vai contribuir para o agravamento das alterações climáticas, com uma pegada de carbono global de cerca de 8% do total das emissões de gases com efeitos de estufa e representa um esbanjamento de recursos, como a água, energia e terra, durante o ciclo de produção.