“Indisponibilidade” médica no Fernando Fonseca não afeta cuidados inadiáveis

O conselho de administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), na Amadora, afirmou este sábado, através de comunicado, que a “indisponibilidade” por parte dos médicos não põe em causa os “cuidados de saúde inadiáveis” aos utentes.

“A prestação dos cuidados de saúde inadiáveis à população não estará em causa. A direção do serviço de Cirurgia Geral está a reprogramar as escalas face à indisponibilidade manifestada pelas dispensas apresentadas”, afirma a administração.

O conselho de administração assume que “eventuais falhas nas escalas serão garantidas através da contratação de prestadores de serviços, e sempre funcionando em rede” com outros hospitais. 

Ou seja, continua o documento, funcionando “com as demais instituições de Lisboa e Vale do Tejo do Serviço Nacional de Saúde, em estreita articulação com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde”.

A indisponibilidade dos médicos do HFF, esclarece o documento, surge na sequência de “diferendos” entre profissionais de saúde que originaram “duas denúncias [no final de 2022] de alegadas más-práticas no seu serviço de cirurgia geral”. 

Neste sentido, a administração diz que mantém “uma atitude de diálogo e concertação” com estes especialistas, “em estreita articulação entre a Direção do Serviço e a Ordem dos Médicos, com vista a ultrapassar o impasse relacional que opõe esse grupo de cirurgiões e os seus colegas autores das denúncias infundadas”.

“O elevado sentido de responsabilidade demonstrada pela instituição será mantido na gestão deste diferendo, pois assim o exigem a reputação construída ao longo de 28 anos e a necessidade de dar resposta perante uma comunidade de mais de 550 mil utentes”, assume no comunicado.