Basílio Horta: “É altura de amarrarmos o 25 de abril ao futuro”

Basílio Horta defendeu que a esperança nos valores de Abril reside nas novas gerações. Hoje, durante a sua intervenção nas comemorações do 25 de Abril nos Paços do Concelho de Sintra, sublinhou que, “volvidos quase 50 anos de vivência em liberdade, livres de qualquer opressão política interna ou externa é altura de amarrarmos o 25 de abril ao futuro”.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra afirmou que “em Portugal a chamada geração de abril, que é a minha, tem governado o país ou têm tido uma influência dominante na sua governação”, sublinhando que, “essa geração vai desaparecer”. “É inexorável chama-se tempo, vem, pois, aí mais cedo ou mais tarde uma geração mais nova que não viu o antes, nem o durante, nem o imediatamente após o 25 de abril”, sublinhou Basílio Horta

Basílio Horta, que foi deputado à Assembleia Constituinte, considera que a defesa dos princípios de Abril reside agora nas novas gerações. “São mulheres e homens emancipados que não sofreram os traumas do regime ditatorial nem os efeitos das crises políticas do 11 de março e do 25 de novembro, que partilham a exigência de rendimentos dignos, de maior respeito pelo mérito, de transparência e respeitabilidade no serviço público a todos os níveis, de um estado forte, digno e justo ao invés de um estado gordo, frágil e ausente”.

O presidente da Câmara Municipal lança uma mensagem de esperança, afirmando que, “esperemos, pois, por um Portugal diferente fruto do inexorável advento de novas gerações. Um Portugal que reencontre no regime democrático a fonte de um desenvolvimento cada vez mais inclusivo alicerce de uma sociedade mais justa e solidária”.

“Volvidos quase 50 anos de vivência em liberdade, livres de qualquer opressão política interna ou externa é altura de amarrarmos o 25 de abril ao futuro”, defendeu Basílio Horta. “É tempo de reflexão e de ação de com modéstia reconhecer os erros que ultrapassamos juntos ou uns contra os outros. É tempo de reconhecer que vezes demais aceitamos as ideologias como sucedâneo da verdade.

Festejar hoje abril dispensa o labirinto da saudade, cerimónias redundantes e muito menos a valorização dos que se julgam salvadores ungidos para missões redentoras”.

O autarca considerou que, “o destino da nação, ou melhor, o destino dos portugueses, depende da concretização de um 25 de abril para sempre e também para todos”.

Basílio Horta apelou para que, “façamos, pois, finalmente cumprir o que de universal e generoso foi consagrado nos primeiros dias da revolução de abril pelas mulheres e pelos homens acabados de entrar pela grande porta da Liberdade”.