Esquilo Vermelho fotografado por uma câmara instalada na Serra de Sintra pelo ICNF

O Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris) regressou à serra de Sintra, onde estava localmente extinto desde meados do séc. XVI, segundo informação do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que considerou o avistamento “uma boa notícia” para a biodiversidade da região.

A espécie foi detetada por uma equipa de Vigilantes da Natureza, em trabalho de campo no âmbito do Programa de monitorização de espécies da Direção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, partilhando uma imagem da presença do esquilo na página do ICNF.

O Esquilo-vermelho esteve extinto nesta região desde o séc. XVI devido à acentuada degradação do seu habitat, nomeadamente à intensa desflorestação do território nacional para a indústria naval, agricultura e pastoreio, com consequente fragmentação e perda de condições favoráveis.

“No séc. XIX, a tentativa de reintrodução ordenada pelo Rei D. Fernando II na serra de Sintra (Parque da Pena) não teve sucesso. A população de esquilos que foi introduzida não sobreviveu”, pode ler-se na página do ICNF.

Imagem: @ ICNF

“Atualmente, o Esquilo-vermelho tem uma ampla distribuição no território nacional, mas não tinha ainda logrado recolonizar a região de Sintra, devido às inúmeras barreiras físicas resultado da atividade humana, tais como vias de comunicação e a malha urbana”, refere o ICNF, que considera a presença do Esquilo-vermelho no Parque Natural de Sintra-Cascais (PNSC) como “uma boa notícia para a conservação da natureza, por contribuir para a biodiversidade desta área protegida, e também pelo papel que desempenha na cadeia alimentar do ecossistema”.


Atualizada, 14h49
Fotografia: @ ICNF