Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, ao lado de Carlos Vieira (SMAS de Sintra) e Pedro Ventura (Vereador)

A Estação da Sintra da CP, foi o ponto de partida para o arranque de uma nova campanha de divulgação do sistema de divulgação do sistema de recolha de biorresíduos, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Sintra e pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra, com o propósito de sensibilizar os munícipes para a importância da valorização dos restos alimentares através da sua recolha seletiva.

“É de extrema importância pela sua contribuição em matéria ambiental, ao estar diretamente relacionado com o objetivo de reduzirmos a quantidade de resíduos enviados para o aterro”, destacou na ocasião Basílio Horta, acrescentando que “é nossa prioridade continuar a melhorar a nossa pegada ecológica e contribuir à escala local para o abrandamento das alterações climáticas à escala global”, sublinhou o presidente da Câmara de Sintra. 

Por outro lado há “custos financeiros” associados a ter em conta, alertou o autarca. “O aumento da taxa a prazo poderá atingir valores na ordem de um milhão de euros” mensais, razão que explica a importância da recolha seletiva, em casa, antes mesmo de serem depositados nos contentores.

Campanha de sensibilização

Para aumentar o número de aderentes à recolha, a autarquia está a desenvolver uma nova campanha de divulgação do sistema, com uma particular aposta na linha ferroviária de Sintra, onde, na passada sexta-feira, a bordo de uma carruagem caracterizada com a imagem da campanha, numa iniciativa de proximidade junto dos munícipes, foram distribuídos panfletos informativos e formulários de adesão, no decorrer de uma viagem de ida e volta, entre Sintra e o Rossio.

”Queremos atingir até final deste ano o maior número de aderentes ao Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos e, para tal, definimos mesmo, um desconto de 1 euro, por cada 30 dias, no tarifário dos serviços de água e resíduos”, lembrou o diretor delegado dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra, Carlos Vieira.

Para a implementação deste Sistema de Recolha que já ultrapassa um  milhão de euros de investimento dos serviços municipalizados, no âmbito do programa POSEUR e do Fundo Ambiental, “assenta num pedido simples” junto dos munícipes para que “separe os resíduos orgânicos e os deposite nos sacos verdes e de seguida no contentor de indiferenciados [lixo comum]. O resto é connosco”, repetiu Carlos Vieira, lembrando que “não existem mais contentores na rua, nem dias específicos para a recolha dos biorresíduos”, ou seja, este serviço utiliza a rede de recolha de lixo já existente.

Adesão gratuita

Recorde-se, os serviços do SMAS entregam gratuitamente em casa dos aderentes, um balde e sacos verdes para serem depositados restos alimentares (crus ou cozinhados). Os sacos verdes devem ser depositados nos contentores de resíduos indiferenciados, sendo depois recolhidos e tratados na empresa Tratolixo, que faz o tratamento dos resíduos provenientes dos concelhos de Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra.

Desde 2020 que o município, tem implementado o serviço de recolha seletiva de biorresíduos e, em outubro de 2022, a valência passou a abranger a totalidade do concelho.

Pela lei, as entidades responsáveis pelos sistemas municipais ou multimunicipais de gestão de resíduos urbanos têm de operacionalizar até ao final de 2023 a recolha seletiva de biorresíduos. ”Estamos a avançar sobre  carris e queremos, no início de 2024, – a meta temporal para o sistema estar implementado em todo o país -, assumir a velocidade de cruzeiro”, sublinha o diretor delegado.

Com as mensagens “Já lanchou? Deixe o resto connosco” e “- (menos) Desperdício, + (mais) Ambiente”, os munícipes sintrenses são desafiados a aderir gratuitamente à recolha de biorresíduos, através do ‘website’ dos SMAS de Sintra ou nos balcões de atendimento dos SMAS de Sintra, situados na Portela de Sintra (sede), Queluz, Agualva-Cacém e da Loja do Cidadão do Cacém ou nos balcões de atendimento ao público dos serviços.