O roubo de catalisadores continua ‘na mira’ dos ladrões de automóveis. Um tipo de criminalidade que está a aumentar. Antes os roubos ocorriam, maioritariamente, de noite e em locais pouco movimentados, mas a tendência está a mudar com o registo cada vez mais de furtos de catalisadores em veículos estacionados a acontecer em locais movimentados e em plena luz do dia.

Assim aconteceu à cerca de duas semanas, cerca das 15h00, no ‘parque de estacionamento das visitas’, no exterior do Hospital Fernando da Fonseca, mais conhecido por Amadora-Sintra, refere o jornal Correio de Sintra.

Maria [nome fictício] apanhou um “enorme susto”, quando deu à chaves e percebeu “um roncar do  automóvel, tipo tuning” que indiciava que algo não estava bem. “Ou isto é escape ou roubaram-me o catalisador”, pensou de imediato Maria, que rapidamente confirmou a sua suspeita.

Já com a PSP no local para tomar conta da ocorrência, o “roncar de uma outra viatura na proximidade” confirmou um segundo roubo de catalisador. “Naquele dia pelo menos foram dois carros”, desabafa Maria, acrescentando que “já não é primeiro caso que acontece” naquela área.

Para regressar a casa foi acionado o serviço de reboque para o transporte do veículo até à oficina. “O seguro não cobre este tipo de danos e a única solução foi mesmo a aquisição de um novo catalisador”, lamenta Maria.

Só em junho de 2021, a PSP registou 726 roubos de catalisadores em Portugal. Um número de um mês apenas que suplantou os registos de todo o ano de 2020, e que prova que este tipo de furto tem tido um crescimento enorme.

O preço elevado da platina, paládio e ródio pode explicar o crescimento deste crime, que levou a polícia nacional a criar uma força especial para combater este e outros furtos desta natureza – Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel (SRICA).