A partir desta sexta-feira e até domingo, todos os caminhos vão dar à Feira das Mercês, uma das mais antigas e típicas feiras saloias da região de Lisboa, que oferece aos seus visitantes, diferentes momentos de diversão e de animação etnográfica saloia, espaços de restauração, bancas de artesanato, divertimentos infantis, carrocéis, jogos tradicionais e outros entretenimentos para todas as idades, com entrada gratuita.

A decorrer na Rinchoa [ao alto da Tapada das Mercês], a Feira das Mercês é organizada pelas Juntas de Freguesia de Rio de Mouro, de Algueirão Mem Martins e reabre esta sexta-feira, às 17h30.

Destaque para a atuação da Banda Fora de Série, às 22h00. No sábado (22) há espetáculo com cantor Jorge Guerreiro, à mesma hora.

Antes, entre as 15h00 e as 18h00, destaque para a Mostra Etnográfica, com a atuação de oito ranchos folclóricos. Grupo Folclórico “As Florinhas do Alto Minho | Grupo Folclórico “Os Camponeses” de D. Maria | Rancho Folclórico “Os Saloios” de D. Maria | Rancho Folclórico e Etnográfico “As Mondadeiras” do Algueirão | Grupo Folclórico e Cultural da Rinchoa-Sintra | Rancho Folclórico “As Lavadeiras” do Sabugo | Rancho Folclórico “As Vendedeiras! Saloias de Sintra | Mini Saloios de Rio de Mouro.


No Domingo (23), último dia da Feira das Mercês, destaque para a Missa às 15h00, na Capela de Nossa Senhora das Mercês (junto ao recinto da feira) seguida de Procissão em Honra de Nossa Senhora das Mercês.

Com mais de dois séculos e meio de existência, ali acorriam agricultores da região para vender os seus produtos das colheitas hortícolas e frutícolas da época, para comprarem sementes e plantas para as próximas plantações e nem sequer faltava a tradicional feira de gado.


A população, não só da região saloia como também de Lisboa, vinha aqui comprar os bens necessários para as suas habitações e participar na festa religiosa de Nossa Senhora das Mercês. Mas não só. Os solteiros tinham aqui um local de encontro com vista a arranjar futuros casamentos junto ao “Muro do Derrete”, testemunho da importância social desta feira como local de encontro das populações.

Conhecida pelo quadro folclórico que apresentava, quer pela diversidade de produtos, mas também pela algazarra das gentes e dos pregões, das figuras e do garrido dos trajes, onde era possível observar-se as saloias vestidas com roupas coloridas e a rigor. Mudam-se os tempos, mas a tradição mantêm-se.


A gastronomia esteve desde sempre associada às Feira das Mercês, onde é provada a primeira água-pé do ano, come-se a pera parda cozida, após uma refeição de Carne às Mercês ou de Leitão de Negrais, iguarias que poderá saborear durante os dias do evento.