Nury Basabe | “Verão: altas temperaturas e os riscos de desidratação”

O verão convida a realizar atividades fora de casa em lugares menos protegidos do sol e do calor, como por exemplo a praia, os parques e os trilhos pedestres. O exercício físico, clima quente, estados febris, diarreia ou vómitos, são fatores que fazem aumentar a necessidade de água do organismo.

Nesta época do ano, devido às condições climatéricas, as situações de desidratação são mais frequentes e podem manifestar-se desde a sede, boca seca, diminuição do suor e urina e diminuição da elasticidade da pele, até situações mais graves como tonturas, tensão arterial baixa, confusão, desmaio e choque.

A desidratação pode afetar todas as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, como as crianças, idosos e doentes crónicos (diabéticos, hipertensos, doentes cardíacos e doentes renais). Também as pessoas que praticam desporto devem estar alerta: antes, durante e após a realização de exercício físico devem fazer um aporte adequado de líquidos.

Nestes dias de calor devem ser privilegiados os espaços frescos, evitar a exposição solar prolongada e promover a ingestão adequada de líquidos e de alimentos com alto teor de água na sua composição – como por exemplo: tomate, aipo, pepino, abobrinha, alface, morango, melancia, abacaxi, pêssego. Deve ser evitado o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e gaseificadas, que também potenciam a desidratação.

Em casos de suspeita de desidratação, a pessoa deve ser colocada num local fresco e deve ser oferecida água. Caso os sintomas se mantenham, a pessoa deve ser observada por um profissional de saúde, de forma a evitar complicações graves.

Caso tenha dúvidas de como se pode manter hidratado, poderá recorrer ao seu médico assistente, de forma a realizar uma hidratação adequada.

Dra. Nury Basabe,
Especialista em Medicina Geral e Familiar no Hospital CUF Sintra