Projeto da autarquia para dar uso ao edifício na antiga Fábrica da Messa, em Mem Martins, junto ao novo Centro de Saúde

Durante a presidência aberta, da Câmara de Sintra à freguesia de Algueirão Mem-Martins, foi apresentado o projeto para o novo edifício municipal da Messa, num investimento de mais de 10 milhões de euros e com prazo de conclusão previsto para o início de 2025.

O edifício existente no antigo complexo da Fábrica da Messa, numa zona central de Mem-Martins e confinante com atual o Centro de Saúde está inserido num lote de 1,6 hectares e com área de construção aproximada de 5000m2, dividida em 3 pisos que poderá acolher 600 trabalhadores e possui, entre outras valências áreas pensadas para atendimento ao público, refeitório, arquivo, salas de formação, áreas de lazer e salas de reunião.

“A transformação deste espaço é pensada para um universo municipal vasto, com mais de 4000 trabalhadores. A pandemia veio ajudar a repensar as necessidades dos espaços de trabalho e a explorar novas metodologias de trabalho”, refere Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, explicando que “este projeto contempla uma série de valências e necessidades com que nos deparámos nos últimos dois anos, com o teletrabalho e as plataformas de trabalho colaborativo.”

De forma a albergar o programa estabelecido, é proposto a ampliação do atual edifício, agora em estado devoluto, em 4500m2. A abordagem arquitetónica teve em conta a envolvente edificada e as funcionalidades pensadas para o edifício.

“Presidência Aberta”, na freguesia de Algueirão Mem Martins

O atual edifício encontra-se sem orientação e alinhamentos predefinidos, neste sentido o projeto procura resolver esta questão através de uma implantação coesa e integrada com o espaço onde se insere. São assim pensados dois edifícios monolíticos paralelos entre si e perpendiculares ao Centro de Saúde, intersetando o atual edifício. Com isto, procura estabelecer uma relação direta com a ortogonalidade existente, promovendo uma requalificação urbanística cuidada e dignificada.

O edifício desenvolve-se através de um núcleo central comum a todos os pisos onde se localizam os acessos verticais, instalações sanitárias, copas, lounge, salas de reunião e phonebooth. Através deste núcleo é feita a distribuição para as extremidades dos volumes que compõem o edifício, onde ficarão localizados os vários serviços e usos.

O piso 0 é predominantemente para uso comum aos utilizadores internos e externos ao edifício, é composto por um refeitório, arquivo, área de lazer, salas de formação e uma área de apoio administrativo ao público. Conta ainda com uma área pública composta por lobby de entrada, balcão de atendimento, salas de reunião e instalações sanitárias.

O projeto contempla no piso 1 e 2 áreas de uso exclusivo aos trabalhadores, com uma área afeta aos vários serviços e núcleo central de uso comum com 800m2.

Este novo edifício municipal foi pensado para facilitar o trabalho colaborativo (cowork) entre equipas e serviços, salas tecnologicamente dotadas de equipamentos facilitadores da comunicação e interação entre serviços, facilitando reformulação de procedimentos, no sentido da sua simplificação, agilização e celeridade em resposta ao cidadão.