Autoridades alertam para agravamento das condições meteorológicas

    A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou hoje para o agravamento das condições meteorológicas para os próximos dias e para o risco de reativação de incêndios, apelando à “tolerância zero para o uso de fogo”.

    “É preciso olhar para esta situação e ter a consciência que a situação é grave do ponto de vista meteorológico. Qualquer ignição dá origem a uma grande ignição. Essa probabilidade é muito elevada e nós não queremos isso e contamos com todos para evitar que hajam incêndios e mantermos Portugal seguro durante esta condição meteorológica adversa”, alertou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, durante um balanço da situação operacional, feito ao final da tarde na sede da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).

    Insistindo que se trata de “uma situação extrema” e “uma situação meteorológica nunca experienciada” em Portugal, André Fernandes salientou que “o uso do fogo tem de ser de tolerância zero”.

    O responsável da ANEPC referiu também que, para fazer face a esta situação meteorológica adversa, estão a ser reforçados os meios operacionais nos locais mais problemáticos em termos de incêndios.

    “Neste momento todos os meios envolvidos estão a fazer a defesa das habitações e a auxiliar a retirada das pessoas. Esperamos que durante a noite o vento diminua e seja possível a estabilização destes incêndios”, disse.

    Contudo, André Fernandes alertou para o perigo de existirem algumas reativações de incêndios, dadas as condições meteorológicas e a dimensão da área do incêndio, como aconteceu hoje à tarde no caso do incêndio de Ourém, na localidade da Cumeada, que teve início na quinta-feira.

    “Tem tudo a ver com a área afetada, que é uma área enorme, são mais de dois mil hectares. São perímetros que variam entre os 21 quilómetros e os 30 quilómetros. Em algumas áreas as máquinas de rastro não conseguem entrar, devido ao tipo de solo, e é difícil fazer o rescaldo”, explicou.

    O incêndio que teve início na quinta-feira na localidade de Cumeada era aquele que, ao início da noite de hoje, estava a mobilizar mais meios de combate.

    .