Morreu o padre Vaz Pinto

O padre António Vaz Pinto, jesuíta e Alto Comissário para as Migrações e Minorias Étnicas entre os anos 2002 e 2005 morreu esta sexta-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, informou a Companhia de Jesus, António Vaz Pinto, de 80 anos, estava internado desde 8 de junho, devido a um tumor pulmonar, acrescentou a Província Portuguesa da Companhia de Jesus.

A entidade recordou ainda que, “com uma vida cheia e intensa”, o jesuíta “foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de grande impacto apostólico”.

“O padre António Vaz Pinto tinha celebrado há dias os seus 80 anos e, aparentemente, encontrava-se bem, tendo festejado o seu aniversário na companhia de muitos familiares e amigos e num ambiente festivo. Contudo, o seu estado de saúde já era grave e três dias depois acabou por ser encaminhado de Évora, onde residia, para um hospital em Lisboa, tendo o seu estado agravado muito rapidamente”, adianta a nota dos jesuítas publicada no Ponto SJ, portal da Companhia de Jesus.

Natural de Arouca, onde nasceu em 2 de junho de 1942, António Vaz Pinto foi responsável pela criação e implementação de várias obras da Companhia de Jesus, entre as quais se destacam os Leigos para o Desenvolvimento (1986), o Centro São Cirilo (2002), no Porto, e o Centro Universitário Padre Manuel da Nóbrega (1975-1984), em Coimbra, e mais tarde o Centro Universitário Padre António Vieira (1984-1997), em Lisboa.

António Vaz Pinto esteve também na fundação da produtora de conteúdos religiosos Futuro e esteve no projeto inicial da criação da TVI, tendo participou também na criação do Banco Alimentar contra a Fome, em 1992. Em 30 de janeiro de 2006 foi distinguido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Grande Oficial Ordem Infante D. Henrique.

Publicou sete livros sobre teologia, filosofia e vida cristã, e dois de memórias, onde conta a história da sua vida.

Dias antes do seu octogésimo aniversário (2 de junho), numa entrevista ao Ponto SJ, o padre António Vaz Pinto confessou-se preparado para morrer, afirmando ter tido “uma vida que valeu a pena viver, com muita alegria e muitos amigos”. O padre António Vaz Pinto estava, atualmente, e desde 2019, na comunidade dos jesuítas em Évora, onde era Capelão da Santa Casa da Misericórdia.

Imagem: DR SIC Notícias