A greve convocada na Parques de Sintra pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), entre sexta-feira e domingo, não afetou o funcionamento dos monumentos em Sintra esta sexta-feira.
A afluência ao Palácio Nacional da Pena tem sido intensa durante toda a manhã. A presença de espanhóis, devido aos feriados religiosos, é visível em toda a vila histórica de Sintra.
O Palácio da Vila de Sintra ou o Palácio Nacional de Queluz continuam abertos, assim como o Castelo dos Mouros. A afluência ao Palácio de Monserrate também tem sido significativa, num momento em que o turismo começa a regressar a Sintra.
Segundo informação nas redes sociais da Parques de Sintra, apenas o Convento dos Capuchos encontra-se encerrado. A empresa alerta para a possibilidade de limitações de alguns serviços, nomeadamente de cafetaria, em outros monumentos.
Parques de Sintra garante “valorização” dos seus trabalhadores
A Parques de Sintra, que gere alguns dos monumentos da vila, assegurou esta quinta-feira que continua disponível para analisar todas as reivindicações de qualquer entidade sindical, indicando que no início do ano foi aplicada uma revisão das tabelas salariais.
A sociedade, que gere os parques e palácios da Pena e de Monserrate, bem como o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e os palácios nacionais de Sintra e de Queluz, falava na sequência de uma greve dos trabalhadores marcada para os próximos três dias.
Os trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) vão estar em greve entre sexta-feira e domingo pela valorização dos salários, uma luta que pode levar à não abertura de alguns monumentos por falta de funcionários.
Questionada pela Lusa, a Parques de Sintra-Monte da Lua explicou que “a pandemia da covid-19 provocou um efeito nefasto no setor do turismo, originando, nos últimos dois anos, uma radical quebra da faturação da Parques de Sintra, que depende inteiramente das receitas provenientes das visitas e dos serviços que oferece, não recebendo contributos do Orçamento do Estado”.
Contudo, a sociedade assegurou que “continua disponível para analisar todas as reivindicações de qualquer entidade sindical” e adiantou que, “perante a expectativa de uma possível retoma, aplicou, no início deste ano, uma revisão das tabelas salariais do atual Acordo de Empresa”.
A Parques de Sintra referiu ainda que celebrou, em 2019, pela primeira vez, um Acordo de Empresa que consagrou carreiras e categorias adequadas às diversas funções existentes e concretizou uma melhoria das condições laborais relativamente ao previsto no código do trabalho, indicando que foi assim possível consolidar um sistema para a progressão de carreiras.
Além disso, desde 2020 que passou a garantir a todos os seus trabalhadores um seguro de saúde pessoal.
“A Parques de Sintra continuará empenhada em garantir uma gestão prudente e rigorosa de recursos, para que possa dar continuidade à importante missão que lhe foi confiada, de gestão e preservação de um património único, e de forma a assegurar os direitos e a valorização dos seus trabalhadores, que são, de resto, uma prioridade para a administração da empresa”, frisou a sociedade.
A PSML foi criada em 2000, na sequência da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade, e possui como acionistas o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.