Parques de Sintra garante “valorização” dos seus trabalhadores

Palácio da Pena. Parques de Sintra - Imagem: Wilson Pereira

A Parques de Sintra, que gere alguns dos monumentos da vila, assegurou hoje que continua disponível para analisar todas as reivindicações de qualquer entidade sindical, indicando que no início do ano foi aplicada uma revisão das tabelas salariais.

A sociedade, que gere os parques e palácios da Pena e de Monserrate, bem como o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e os palácios nacionais de Sintra e de Queluz, falava na sequência de uma greve dos trabalhadores marcada para os próximos três dias.

Os trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) vão estar em greve entre sexta-feira e domingo pela valorização dos salários, uma luta que pode levar à não abertura de alguns monumentos por falta de funcionários.

Questionada pela Lusa, a Parques de Sintra-Monte da Lua explicou que “a pandemia da covid-19 provocou um efeito nefasto no setor do turismo, originando, nos últimos dois anos, uma radical quebra da faturação da Parques de Sintra, que depende inteiramente das receitas provenientes das visitas e dos serviços que oferece, não recebendo contributos do Orçamento do Estado”.

Contudo, a sociedade assegurou que “continua disponível para analisar todas as reivindicações de qualquer entidade sindical” e adiantou que, “perante a expectativa de uma possível retoma, aplicou, no início deste ano, uma revisão das tabelas salariais do atual Acordo de Empresa”.

A Parques de Sintra referiu ainda que celebrou, em 2019, pela primeira vez, um Acordo de Empresa que consagrou carreiras e categorias adequadas às diversas funções existentes e concretizou uma melhoria das condições laborais relativamente ao previsto no código do trabalho, indicando que foi assim possível consolidar um sistema para a progressão de carreiras.

Além disso, desde 2020 que passou a garantir a todos os seus trabalhadores um seguro de saúde pessoal.

“A Parques de Sintra continuará empenhada em garantir uma gestão prudente e rigorosa de recursos, para que possa dar continuidade à importante missão que lhe foi confiada, de gestão e preservação de um património único, e de forma a assegurar os direitos e a valorização dos seus trabalhadores, que são, de resto, uma prioridade para a administração da empresa”, frisou a sociedade.

A PSML foi criada em 2000, na sequência da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade, e possui como acionistas o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.