Exposição inédita de livros proibidos pela Censura na Biblioteca Nacional

Uma mostra inédita de livros apreendidos e proibidos de circular pelos Serviços de Censura, durante a ditadura do Estado Novo, vai estar patente na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) de 3 de maio a 3 de setembro.

Esta mostra, pela primeira vez, um conjunto de exemplares originais apreendidos e proibidos de circular pelos Serviços de Censura, que foram recuperados da sua biblioteca e que apresentam pelos marcas e rasuras feitas censores.

Apresentam-se também relatórios de escritos pelos censores e algumas obras proibidas de ir à leitura na Biblioteca Nacional.

Na Sala de Projeção, os visitantes poderão ouvir a peça sonora “No Escuro e à Escuta: A Censura e Propaganda no Estado Novo”, de Sofia Saldanha, que colige testemunhos dos escritores Luís de Sttau Monteiro, José Cardoso Pires e Bernardo Santareno, assim como telefonemas entre censores e entrevistas a pessoas anônimas.

De 1934 a 1974, a censura oficial do Estado Novo produziu mais de 10.000 relatórios de leitura aos livros de autores portugueses, lusófonos e estrangeiros, em edição original ou tradução, que entravam e circulavam em território nacional.

“De entre as obras que a Censura autorizava, aprovava com cortes, proibia, dispensava ou proibia para mais tarde autorizar, se agora uma seleção de cerca de um desses raros artefatos culturais que chegaram até nós e que contam várias histórias sobre o Controle e a regulação da vida literária e cultural em Portugal, durante a grande parte do século XX”, descreve a BNP.

A atuação da propaganda, da polícia da pressão do país, propaganda e da repressão do país, através da propaganda e da repressão do país, impacto na produção do medo insurável, só da imprensa, do impacto na produção da mentalidade e da vida intelectual no quotidiano e obra dos escritores, mas também no legado que deixou às gerações vindouras”.

A exposição “Biblioteca da Censura: obras apreendidas e proibidas no Estado Novo” tem entrada livre.

Fotografia: Frenesi Loja