Rute, uma mulher de armas

Dia Internacional da Mulher

Rute Xarepe, gere o Moderno Indispensável Eletrodomésticos Unipessoal, Lda., empresa sediada na Abóboda, na Urbanização Industrial de Trajouce

Rute Xarepe, gere o Moderno Indispensável Eletrodomésticos Unipessoal, Lda., empresa sediada na Abóboda, na Urbanização Industrial de Trajouce, no ramo do eletrodomésticos, dispondo de uma vasta gama de equipamentos para o lar e modelos industriais.

“Com 19 anos, senti o que é ser discriminada por ser mulher”, admite a empresária, dando como exemplo os dez anos que exerceu funções no exército, chegando por mérito próprio à função de Cabo-Adjunto. “Quando entrei para o exército, não havia mulheres na especialidade de Cavalaria e orgulho-me de ter integrado o primeiro grupo de mulheres. Era o mundo dos homens que olhava para nós como o elo mais franco”, recorda.

“No exército, nunca me faltaram ao respeito por ser mulher, mas a verdade é que me senti muitas vezes, discriminada por ser mulher, porque achavam que as mulheres não conseguiam atingir determinados objetivos, que eram só para os homens”, explica Rute Xarepe. “Julgavam que as mulheres só conseguiam atingir objetivos por serem mulheres, não pela sua capacidade e competência. Claro que nos sentíamos um pouco discriminadas”, com esse pensamento tão masculino e machista, naquela altura.

“Como tenho uma personalidade forte, nunca tive grandes problemas em ultrapassar essas situações mais complicadas”, explica com um sorriso. “Era preciso testar capacidades, ser profissional. “A minha missão foi cumprida e superada com distinção e muito orgulho, devo dizer”.

No mundo dos negócios, a empresaria e empreendedora, abriu com o seu marido, duas lojas, na Abóboda (Cascais) e Canelas (Porto).

Dia Internacional da Mulher em destaque no
Jornal CORREIO DE SINTRA

“Não quero que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sim sobre si mesmas”. Foi assim que Mary Wollstonecraft (1759-1797) assumiu o seu feminismo. Aceitável na época, mas motivo de luta para as mulheres durante mais de dois séculos. Primeiro pelo direito ao voto, depois pela igualdade no trabalho. Finalmente, pelos direitos que lhe libertam o corpo.

Até quando, vai ser preciso um Dia Internacional da Mulher?

Ao SINTRA NOTÍCIAS e Jornal CORREIO DE SINTRA, algumas mulheres de sucesso, partilharam um pouco da sua história.