“É preciso continuar a conquistar e ultrapassar barreiras”

Cátia Soares, Gestora da K-Beauty- -Saloon

Cátia Soares, Gestora da K-Beauty- -Saloon, admite que “ainda há uma certa discriminação dos homens em relação às mulheres”, mas também reconhece que “atualmente, e cada vez mais, as mulheres vão ganhando o seu espaço”, nas mais diversas áreas.

Proprietária de um renovado espaço de serviços de manutenção de unhas, que passa pela manicure e pedicure, acrílico, gel, verniz de gel, no Agualva Shopping Cacém, a empresária reconhece que ao longos dos anos “a mulher tem vindo a conquistar o seu espaço e já não é estranho ver uma mulher atrás de um balcão de um talho, ou a conduzir um elétrico ou autocarro”.

Apesar da mudança dos tempos, Cátia Soares nota que “ainda há algum preconceito dos homens em algumas atividades profissionais, que é preciso ultrapassar”. E dá o exemplo da sua atividade profissional, onde os homens ainda mantêm alguma reserva em frequentar. “Tratar das mãos ou dos pés, não é um exclusivo das mulheres, é uma questão de saúde que afeta mulheres e homens”, desabafa. “Este é um espaço feminino mas é também para ser frequentado pelos homens”, refere.

“Estas pequenas barreiras de preconceito” estão a ser paulatinamente ultrapassadas “e já é frequente ver mulheres a trabalhar em barbearias e cabeleiros, sem qualquer problema. Mas é preciso continuar a conquistar e ultrapassar barreiras”. Conciliar a atividade profissional com a vida familiar, “não é difícil” para empresária que começou a trabalhar ainda jovem. E, “desde sempre adaptei os afazeres domésticos ao meu ritmo de vida”, estratégia que ajudou a organizar o seu dia e a desempenhar todas as suas atividades e responsabilidades diárias. Claro que a família, que fala com “orgulho”, ajuda e colabora no “desempenho das tarefas domésticas, na preparação das refeições e em tudo o que for necessário. Sempre”.

Neste Dia da Mulher destaca com “muita preocupação os casos de violência doméstica” que se vão registando no país, mais mulheres do que homens. “Não podemos permitir, a falta de respeito. É fundamental o entendimento saudável numa relação“. Em jeito de conselho, “há que estar atenta logo no início de uma relação e saber virar as costas, porque o amor não resolve tudo”.

Dia Internacional da Mulher em destaque no
Jornal CORREIO DE SINTRA

“Não quero que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sim sobre si mesmas”. Foi assim que Mary Wollstonecraft (1759-1797) assumiu o seu feminismo. Aceitável na época, mas motivo de luta para as mulheres durante mais de dois séculos. Primeiro pelo direito ao voto, depois pela igualdade no trabalho. Finalmente, pelos direitos que lhe libertam o corpo.

Até quando, vai ser preciso um Dia Internacional da Mulher?

Ao SINTRA NOTÍCIAS e Jornal CORREIO DE SINTRA, algumas mulheres de sucesso, partilharam um pouco da sua história.