Ricardo Paes Mamede será o diretor da Iscte-Sintra, a nova escola de investigação e ensino de tecnologias digitais que o Iscte irá abrir no próximo mês de setembro, na Portela de Sintra, revela a Universidade Aberta (UA), esta sexta-feira, em comunicado.

“O mundo encontra-se em transformação devido às novas tecnologias digitais que estão a alterar profundamente o modo como vivemos, como consumimos, como produzimos, como comunicamos, como investimos, como aprendemos e como nos divertimos. Estas mudanças exigem competências em domínios tecnológicos como a inteligência artificial, a cibersegurança, a robótica, o desenvolvimento de software e de aplicações, mas também o cruzamento com outras áreas do saber, como as ciências sociais”, começa por dizer Ricardo Paes Mamede.

“A Iscte-Sintra irá apostar num ensino orientado para a resolução de problemas, em estreita articulação com os empregadores e com os desafios sociais do território em que se insere”, refere.

Maquete do projeto para a escola universitária especializada em tecnologias digitais do ISCTE em Sintra, apresentado pela reitora do Instituto Universitário de Lisboa, Maria Lurdes Rodrigues e que contou com a presença do presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta

Recorde-se, Ricardo Paes Mamede, professor de economia política no Instituto Universitário de Lisboa, vai liderar a quinta escola do Iscte, que se junta às quatro já sedeadas em Lisboa, em Entrecampos. A instituição de ensino de Sintra irá oferecer vários cursos de licenciatura em tecnologias digitais, um curso de matemática aplicada às tecnologias digitais e outro de política, economia e sociedade.

A Escola Iscte-Sintra compromete-se, também, a assumir outro tipo de desafios. “Queremos atrair mais mulheres para os cursos de tecnologia, desmistificando a ideia de que se trata de uma área a que só os homens se dedicam”, refere o docente.

O Iscte já tem um terreno na vila de Sintra, cedido pelo município, para a construção de um edifício de raiz que irá acolher a nova escola universitária na Portela de Sintra, a cinco minutos da estação dos comboios.

A construção do primeiro estabelecimento universitário do Iscte fora da capital será concretizada no âmbito de uma parceria com a Câmara de Sintra, presidida por Basílio Horta, a qual prevê o apoio às despesas de desenvolvimento do projeto.