Marcelo Rebelo de Sousa condena “flagrante violação do direito internacional”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou hoje a operação militar da Rússia no leste da Ucrânia, declarando que constitui uma “flagrante violação do direito internacional” e manifestou “total solidariedade” para com o povo ucraniano.

“O Presidente da República, em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do Direito Internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia”, lê-se na nota publicada no site da Presidência da República.

O chefe de Estado convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional.

“Estando a acompanhar o que se passa no leste europeu, em permanente contacto com o senhor primeiro-ministro, entendi dever imediatamente convocar o Conselho Superior de Defesa Nacional para as 12h00 de hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, realizando-se a sessão presencialmente para todos os senhores conselheiros que possam comparecer, mas também por videoconferência para aqueles cuja participação presencial não seja possível”, declarou à Lusa.

“Era essa a imediata resposta que se impunha, em função do acompanhamento feito em conjunto com o senhor primeiro-ministro e daquilo que era a posição e a solicitação também do Governo, correspondendo à visão que tinha e que tenho da situação vivida”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Vladimir Putin anunciou esta quinta-feira o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.

Num discurso televisivo, Putin disse que decidiu lançar a operação militar em resposta a ameaças de “genocídio” no leste da Ucrânia vindas das autoridades de Kiev, defendendo que a responsabilidade por um eventual derramamento de sangue é do “regime” ucraniano.

Fotografia: Presidência da República