“A República Alexandrina” a 4.ª criação de “O Fim do Teatro” estreou quinta-feira, 3 de fevereiro, no Auditório Municipal António Silva, no Cacém e vai estar em cena, até 12 de fevereiro, entre quinta e sábado, às 21 horas.
Da autoria de Pedro Saavedra, “A República Alexandrina” é o resultado intuitivo da observação dos processos e das lutas políticas que colocam em risco a democracia liberal. O valor republicano da causa comum, de que da conduta de cada um depende a sorte de todos, está cada vez mais em perigo.
As conquistas culturais das democracias ocidentais parecem eternas, como se a evolução das civilizações fosse sempre um crescente de liberdade e aceitação da diferença, mas nunca assim foi e nunca assim será.
O espaço da Alexandrina é um espaço de encontro de culturas há cem anos. Na Sociedade Recreativa República Alexandrina, esperam-se convidados para a comemoração mais aguardada da história, mas nenhum aparece.
Como se apenas a burocracia e a logística dos convites tivesse falhado, angariam-se convidados desconhecidos no meio da rua, para garantir a importância do momento. Tal como nas nossas principais cidades se tem assistido ao desaparecimento destes espaços – por troca com a turistificação, através da especulação imobiliária com os proprietários – também ali se espera o pior, mas o pior que finalmente acontece é de outra natureza.
Texto e Encenação Pedro Saavedra
Interpretação Alice Ruiz, Gonçalo Botelho, Ivone Fernandes-Jesus, Mário Redondo, Pedro Baptista, Rogério Jacques
Design de Cena Surumaki
Figurinos Cláudia Ribeiro
Música Clothilde
Masterização de Música João Melo
Desenho de Luz Paulo Sabino
Sonoplastia Rui Miguel
Fotografia Andreia Mayer
Ilustração Rui Guerra
Assistência de Encenação Rafael Fonseca
“A República Alexandrina” apresenta-se no Auditório António Silva, no Cacém,
De 3 e 12 de fevereiro (de quinta a sábado), às 21 horas
Classificação etária: M/14
Duração: 95 minutos
Bilhetes à venda no ticketline