IPMA prevê pior cenário possível para seca em fevereiro

A seca meteorológica que se abateu sobre o país continuam a multiplicar-se, à medida que a falta de água se faz sentir na agricultura e na pecuária. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que a situação continue a piorar durante este mês de fevereiro e que este inverno continue a ser invulgarmente seco.

Na página de Facebook, o IPMA explica que a seca que começou em novembro não parou de se agravar até ao final de janeiro, e houve “um aumento significativo da área e da intensidade da situação de seca, estando todo o território em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”.

As previsões para os próximos dias apontam para uma chuva fraca e dispersa no Minho.

A seca, segundo o IPMA, passa pela “área anticiclónica estabelecida há várias semanas abaixo do paralelo 45N, na zona atlântica ou na Europa Ocidental e que vai oscilando de posição sem no entanto enfraquecer significativamente e sem se deslocar mais para sul, onde normalmente se situa nesta época do ano, o que permitiria a passagem de superfícies frontais com precipitação”.

Agravamento do índice de seca meteorológico generalizado, de sul a norte do continente, bem como nas zonas do norte litoral

Perspetivas meteorológicas para o mês de fevereiro?

As previsões de longo prazo apontam para que o mês de fevereiro tenha uma anomalia negativa para a precipitação, isto é, que chova menos que o usual para este mês do ano. Todos os seis modelos de previsão probabilística sazonal a que o IPMA tem acesso preveem cenários que variam entre anomalias negativas ligeiras a anomalias negativas moderadas para a precipitação.

Para o mês de fevereiro, o IPMA desenvolveu três potenciais cenários em relação ao índice PDSI (seca meteorológica), sendo que o que se considera como o mais provável, de acordo com as indicações de previsão de precipitação, será o cenário mais gravoso (D2).

Este cenário, como se pode verificar na imagem, implica um agravamento do índice de seca meteorológico generalizado, de sul a norte do continente, bem como nas zonas do norte litoral.

Importa destacar que a intensidade da seca meteorológica na região a sul do Rio Tejo, terá a seca extrema como classe dominante e a norte do Tejo será a classe de seca severa.

Fotografia: DR Teresa Abrantes / tempo.pt
Mapa: IPMA