Jornalista e escritor Vasco Callixto morre aos 96 anos

O jornalista e escritor português Vasco Callixto, que se destacou sobretudo na escrita sobre viagens e sobre automobilismo, morreu na segunda-feira aos 96 anos, no concelho de Loures, revelou à Lusa fonte da família.

Vasco Callixto começou a colaborar com a imprensa portuguesa na década de 1940, nomeadamente na revista Turismo ou nos jornais Diário de Notícias e O Século, dirigiu ainda a revista Rodoviária, entre os anos 1970 e 1990, sendo considerado hoje um dos pioneiros do jornalismo de viagens.

Nascido a 12 de janeiro de 1925 na Amadora, de uma família com raízes alentejanas, Vasco Callixto disse este ano, numa entrevista ao jornal Público, que herdou o prazer das histórias e das viagens do avô, Carlos Callixto, primeiro jornalista desportivo português, deputado na Primeira República e que esteve envolvido na organização das primeiras provas desportivas de automobilismo.

O Município da Amadora manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Vasco Callixto (1925-2021), jornalista e escritor, que nasceu na Amadora a 12 de janeiro de 1925 e faleceu a 27 de dezembro de 2021.

Natural da Amadora, cresceu na cidade e viveu na Rua Elias Garcia N.º 233 (com esquina para a Rua 1.º de Dezembro), na freguesia da Venteira.

Com uma vasta obra no domínio da literatura de viagem, dedicou particular atenção à história da aviação na Amadora com várias publicações, entre as quais está “A Aviação na Amadora”, de 1974, primeira obra sobre este tema, onde retrata “um quarto de século de epopeias aeronáuticas”.

Ao longo do seu percurso profissional e também pessoal, este jornalista privou com várias figuras da aviação ligadas à Amadora, tais como “Manuel Gouveia, Tenente e Piloto-Aviador e o Major Humberto da Cruz”, que o jornalista reconheceu como o “único aviador que veio para a Amadora para integrar o Grupo Esquadrilhas Aviação República”.
Foi autor de uma dezena de opúsculos sobre a aviação, nomeadamente sobre os eventos aeronáuticos relacionados com a Amadora.

Vasco Callixto, considerou a aviação um capítulo importante na história da cidade. Ao longo da sua vida, pugnou pelo desenvolvimento da Amadora e pela valorização da sua história local e património. Foi vogal do Instituto Bartolomeu de Gusmão, da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

A 29 de junho de 2020, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito, o qual lhe foi atribuído pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

Fotografia: CMA