As Nações Unidas homenageiam esta segunda-feira Jorge Sampaio, numa cerimónia em que Portugal procura dar continuidade à ideia lançada pelo ex-Presidente português de criar um mecanismo de resposta rápida para situações de emergência no ensino superior.
Juntamente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Sampaio trabalhou depois” no sentido de evoluir, a partir de um exemplo bem-sucedido português, para um mecanismo de resposta rápida em situações de emergência no Ensino Superior”.
“A melhor homenagem que nós podemos prestar a estadistas é continuar a trabalhar na direção que eles abriram”, sublinhou o ministro, adiantando que o objetivo de Portugal é que, de entre os mecanismos de cooperação e apoio humanitário disponíveis no sistema das Nações Unidas, haja um especificamente dirigido ao caso dos estudantes do ensino superior afetados por conflitos. A ideia é que esse mecanismo internacional procure apoiar, com bolsas de estudo e acolhimento em universidades de diversos países, aqueles estudantes que a conflitualidade, perseguições e a violência impedem de continuar a estudar nos seus países, explicou.
Segundo Santos Silva, um mecanismo como esse permite, não só que os estudantes prossigam os seus estudos, mas também que”os países devastados pela guerra ou pelo conflito possam preparar a sua recuperação pós-conflito, na medida em que a preparação das suas elites técnicas, profissionais ou sociais” prossegue no estrangeiro.
O chefe da diplomacia portuguesa acrescentou que, “por um acaso feliz”, o Níger organiza uma discussão no Conselho de Segurança da ONU dedicada à educação em situações de emergência, na qual Santos Silva participará em representação do Governo de Portugal.