O ambientalista de Cascais, Miguel Lacerda, 64 anos, fundador da Associação Cascaisea, recebeu uma menção honrosa pelo trabalho de sensibilização que desenvolve sobre a problemática do lixo marinho.

A distinção integra-se no âmbito da primeira edição da iniciativa Movimento Faz Pelo Planeta By Electrão, uma campanha lançada em Maio pelo Electrão, que pretende trazer para a ribalta ativistas anónimos, também designados de “big changers”

Miguel Lacerda dedica a sua vida à sensibilização sobre este tema com estudos, livros, ações e formações para crianças e adultos com o objetivo de mudar mentalidades.

Uma outra menção honrosa foi atribuída ao professor de História e educação especial, Carlos Dobreira, residente em Palmeira, Braga, pela prática de plogging, uma combinação de corrida com recolha de lixo.

Desde junho de 2019 que o professor recolhe beatas de cigarro e outros resíduos em seis concelhos do Centro e Norte de Portugal: Amares, Braga, Esposende, Ílhavo, Seia e Terras de Bouro. No total já recolheu mais de 60 milbeatas de cigarros e outro tipo de resíduos ao longo de 166 sessões cronometradas de plogging

A grande vencedora desta iniciativa é Lídia Nascimento. Tem 50 anos, é tradutora de inglês-alemão e reside em Santa Cruz, Torres Vedras. Há 20 que recolhe lixo das praias: embalagens, brinquedos, redes de pesca, medicamentos e até chaves.

A página de Lídia Nascimento “Mar à deriva – Adrift Sea” tem nove mil seguidores no Facebook e mais de 6700 no Instagram. Usa as redes sociais – não as redes de pesca que recolhe nas praias – para alertar para a quantidade desmedida de plástico à deriva e não só. “Queremos que os nossos filhos tenham um planeta para viver no futuro, bem como os filhos das baleias, dos golfinhos, dos cavalos-marinhos”, escreve nas páginas que usa como mostruário dos ‘espécimes artificiais’ captados à beira mar.