Tribunal de Sintra absolve agentes da PSP de Agualva-Cacém

Foram absolvidos os dois agentes da PSP da Esquadra do Cacém, envolvidos na detenção de um jovem que recusou ser identificado, há pouco mais de dois anos, junto à Escola Ferreira Dias, em Agualva.

Carlos Casimiro, presidente da Junta de Freguesia de Agualva e Mira Sintra, regozija-se com a decisão do Tribunal de Sintra, pela absolvição dos dois agentes da PSP, “apesar da incompreensível posição assumida pela Procuradora do Ministério Público, que pediu um ano de prisão para um deles”.

Com a absolvição dos dois agentes da PSP, “fez-se justiça, para bem de todos nós”, disse o autarca ao SINTRA NOTÍCIAS, adiantando que “todas as acusações foram dadas como não provadas”, considerando que “a sentença proferida pela Sra. Dra. Juíza, foi exemplar, tanto pela decisão como pelas palavras proferidas”.

Em jeito de desabafo, “não é possível pedir uma presença permanente da PSP e ao mesmo tempo criar um enquadramento que impede ou condiciona permanentemente a sua atuação”, refere Carlos Casimiro, que partilha a sua posição, também na sua página de Facebook.

Recorde-se, na ocasião o autarca elogiou publicamente a atuação da PSP neste caso, considerando que os agentes de autoridade “agiram no cumprimento do seu dever”, cabendo às autoridades apurar se houve um uso excessivo da força de autoridade. Dos três agentes envolvidos, dois foram acusados.

A denúncia surgiu depois da divulgação de um vídeo em janeiro de 2019, nas redes sociais, em que se vê três policias a falar com dois jovens. Nas imagens é possível ver ainda que os agentes da PSP tentavam identificar os dois jovens, que se negavam. Um deles foi mesmo algemado e atirado ao chão, enquanto os agentes aguardavam por reforços.