O Centro de Saúde de Colares encerrou esta sexta-feira, devido a obras de alargamento e reabilitação do edifício, durante os próximos 30 dias, segundo informação da Câmara Municipal de Sintra.
A partir de segunda-feira, 25 de outubro, as consultas e restante serviço de apoio e assistência aos utentes, passa a funcionar provisoriamente e em exclusivo, no piso 0 (módulo verde) do novo Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins.
Uma situação de recurso que se vai manter “até que as obras estejam concluídas”, disse esta sexta-feira, ao SINTRA NOTÍCIAS/CORREIO DE SINTRA, Clara Pais, diretora Executiva do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) do Concelho de Sintra, considerando “incompatível a prestação dos cuidados de saúde aos utentes, com a realização em simultâneo das obras”.
Clara Pais reconhece que a transferência temporária dos serviços para o Centro de Saúde de Mem Martins, “não é a solução ideal” mas que “vai trazer um aumento da capacidade médica na unidade e um franco aumento das condições para os utentes e para os profissionais”, sublinhando que “não havia forma de o fazer com a presença da equipa” de profissionais de saúde.
O único “impacto negativo é a equipa não estar a funcionar no local, em Colares, junto dos utentes”, refere a responsável, reafirmando que “tudo está preparado” para dar resposta, “como se lá estivéssemos”.
Entretanto foram atribuídos números de telemóvel dedicados para a equipa de profissionais do centro de saúde, isto é, um para cada médico; dois para a equipa de enfermagem e outros dois para a equipa administrativa.
No aviso à população que poderá ser consultado no local, constam os horários em que os utentes podem telefonar, nos dias úteis, entre as 08h00 e as 18h00.
Junta de Freguesia “preocupada”
Pedro Filipe, presidente da Junta de Freguesia de Colares reconhece a importância das obras para a freguesia, “há muito desejadas”, mas também não esconde a sua “preocupação”, pela transferência dos profissionais do Centro de Saúde, para o centro de Saúde de Mem Martins, até que as obras estejam concluídas.
“Os Bombeiros de Colares ou de Almoçageme poderiam ser uma boa solução e sempre estavam mais perto da população”, questiona-se o autarca, garantindo que a freguesia “vai continuar a assegurar o seu apoio ao domicilio”.
A questão do transporte dos utentes sobretudo se as obras se prolongarem para além do prazo previsto é outra “preocupação” de Pedro Filipe, que aguarda por uma conversa com o vereador do pelouro da Saúde da autarquia, para um ponto de situação e saber da disponibilidade do “serviço Táxi Social”, ao dispor da população mais idosa. “Como é que as pessoas sem meios de transporte, e na maior parte idosos, vão poder ter acesso ao, já de si fraco, serviço de saúde”, questiona-se o presidente da Junta de Freguesia.
Obras em curso
A empreitada em curso de ampliação da Unidade de Saúde de Colares, na Rua da Cochinha, em Colares, estimadas em cerca de 194 mil euros, obrigou recentemente ao encerramento da unidade da saúde às sextas-feiras.
A intervenção consiste na criação de mais quatro gabinetes no piso 0, ampliação da antecâmera da entrada, pinturas e tratamento da área exterior envolvente, incluindo a criação de lugares de estacionamento, dois deles para pessoas com mobilidade condicionada.
A empreitada em curso, visa no essencial, criar melhores condições para funcionários e utentes e o aumento da capacidade de resposta daquela unidade de saúde.
[em atualização]