Paulo Carmona, Coordenador do Núcleo de Sintra da Iniciativa Liberal de Sintra

Nesta minha primeira incursão na política, depois de muitos anos de inconformismo, escolhi uma candidatura autárquica. Porque é uma política de proximidade, com impacto directo na vida das pessoas, mais interessante que ser deputado ou membro do governo.

E Sintra necessita muito de ação, vontade e competência. É um concelho parado no tempo, por comparação do desenvolvimento dos concelhos limítrofes de Mafra ou Cascais.

A recolha do lixo parou no século XX, sem processos digitais nem nada a ver com os avanços tecnológicos das “smarts cities”, sensores, algoritmos, etc. Hoje temos uma câmara com milhões num concelho pobre onde ainda existem dezenas de localidades sem saneamento básico, e crianças sem apoio de creches.

A preguiça ou incompetência é atroz, no caos do trânsito na vila sem informações turísticas, sem ordenamento nos tuktuks, sem nada fazer no caso da Gandarinha, ferida aberta na serra, milhões num hospital sem garantias de médicos.

Onde está o policiamento municipal, principalmente nas estações, apoiando PSP e GNR sem meios necessários, e o mais caótico, monitorar o fluxo documental dos processos na câmara, para evitar atrasos ou amiguismos, agir com responsabilização e transparência para que a Câmara esteja ao serviço dos cidadãos e não ao contrário. Porque as câmaras foram criadas pelos municipalistas liberais do século XIX com esse propósito. O povo a servir o povo. Tanto que nos afastámos desse caminho…

É necessário regressar, à pureza liberal da sua criação.

Paulo Carmona (IL)

ESPAÇO DE OPINIÃO

Nota de Redação:

O SINTRA NOTÍCIAS em parceria com o Jornal CORREIO DE SINTRA, convidou os oito candidatos à presidência da Câmara Municipal de Sintra, às eleições autárquicas de 26 de setembro, a apresentar algumas das razões e motivos na origem das suas candidaturas.
A candidatura de Ricardo Baptista Leite, que integra a coligação “Vamos Curar Sintra” (PSD/CDS-PP, A, MPT, PDR, PPM, RIR) foi a única força política que não respondeu afirmativamente ao desafio, apesar da insistência.
Quisemos deixar aqui o devido esclarecimento público e ao mesmo tempo manifestar o nosso pedido de desculpa aos leitores, pela ausência de opinião da referida candidatura, que somos alheios.
Um agradecimento à disponibilidade e espírito de colaboração das candidaturas de Basílio Horta (PS); Pedro Ventura (CDU); Bruno Góis (BE); Paulo Carmona (Iniciativa Liberal); Nuno Afonso (Chega);  Guilherme  Leite (Nós, Cidadãos!) e Miguel Santos (PAN).