Reunião no Infarmed, em Lisboa

Especialistas em saúde pública e políticos reúnem-se esta terça-feira, no Infarmed, em Lisboa, numa sessão para fazer um ponto de “situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal”.

A 20.ª reunião ocorre na semana em que o Governo vai decidir se Portugal avança para a quarta e última fase do plano de desconfinamento, que está prevista iniciar-se a 3 de maio.

Recorde-se, o atual período de estado de emergência – o 15.º decretado pelo Presidente da República no atual contexto de pandemia – termina às 23h59 de sexta-feira, 30 de abril.

O Presidente da República fala ao país às 20h00. Até lá, Marcelo Rebelo de Sousa ouve, esta tarde, os partidos sobre o possível fim do estado de emergência, que já disse esperar que terminasse nesta sexta-feira, 30 de abril, o que fez depender dos dados da Covid-19 em Portugal.

Reunião a decorrer
  • André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS), explica que “houve uma tendência estável da tendência cumulativa” nos últimos 15 dias. O grupo dos mais de 80 anos “mantêm tendência decrescente e é o grupo mais protegido”.
  • João Paulo Gomes, do Instituto Nacional Ricardo Jorge, indicou que esta semana em Lisboa e Vale do Tejo foram registados “seis casos da variante indiana” do novo coronavírus. “Detetamos esta semana os primeiros casos. Vamos estar obviamente atentos e vamos estar com esperança de que o processo de vacinação se sobreponha a tudo isto”, afirmou. 
  • Baltazar Nunes do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge/INSA, considera que o impacto da reabertura dos estabelecimentos de ensino, considerando que tem sido “muito positivo”. O especialista fez uma comparação com a reabertura das escolas em setembro de 2020 referindo que os atuais “níveis de incidência são bastante mais baixos”.
  • Henrique de Barros, da Universidade do Porto, diz que a variação na probabilidade de morrer com Covid-19 está agora nos 0,5%, o que é “extraordinário”. “E mesmo que suba qualquer coisa até ao final do mês, não ultrapassará os 0,75%”, diz ainda Henrique de Barros, explicando que agora testa-se mais e as vacinas estão a proteger os mais vulneráveis. A probabilidade de morrer continua a ser mais marcante acima dos 79 anos.

“Por Setembro, se tudo correr normalmente, esperamos não ter casos”. Mesmo com as variantes mais letais e potencialmente mais transmissíveis, é possível que em Setembro não haja casos de covid-19 em Portugal, se se mantiverem as medidas em vigor e o plano de vacinação, afirmou o presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Henrique Barros, esta terça-feira, no Infarmed.

[em atualização]

🔴 Acompanhe em DIRETO:

A sessão sobre a “situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal” teve início às 10h00, nas instalações da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), em Lisboa, e decorre, como tem sido habitual, também por videoconferência.

A vigésima reunião de peritos ocorre na semana em que o Governo vai decidir se Portugal avança para a quarta e última fase do plano de desconfinamento, que está prevista iniciar-se a 3 de maio.