“Estamos a trabalhar para evitar uma quarta vaga”

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que Portugal está a trabalhar para que o processo de desconfinamento seja seguro e sem riscos de uma quarta vaga da pandemia, avisando que é preciso manter a vigilância de forma permanente.

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje que decidiu avançar para a terceira fase do plano de desconfinamento na “generalidade do território nacional”, António Costa afirmou que “a regra fundamental” é cumprir as regras para se poder “ir sempre avançando”.

“E temos que manter permanentemente a vigilância porque, como nós sabemos, já sofremos três vagas e aquilo que estamos a trabalhar é para evitar uma quarta vaga e que possamos ter com segurança este processo de desconfinamento sem riscos de vir a ter uma quarta vaga”, disse.

O primeiro-ministro assumiu que o contexto atual “é difícil porque o vírus tem vindo a multiplicar as variantes”.

“Essas variantes têm suscitado várias surpresas, a maior das quais foi a chamada variante britânica, que é hoje dominante em todo território nacional e que foi a responsável pelo crescimento exponencial desta pandemia durante o mês de janeiro”, recordou.

António Costa deixou um pedido: “temos que ter todas as cautelas para não virmos a sermos surpreendidos por novas variantes que o vírus continua a produzir e para os quais temos que ter as devidas cautelas”.

Primeiro-Ministro, António Costa

“Já sofremos três vagas e estamos a trabalhar é para evitar uma quarta”, [António Costa]

Apesar da generalidade do país avançar para a próxima fase de desconfinamento, os concelhos de Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior vão regressar na segunda-feira às regras que vigoravam no continente português antes do atual processo de desconfinamento, devido à evolução da covid-19.

Outros sete concelhos não vão passar à fase seguinte do desconfinamento que se inicia na próxima segunda-feira, por terem “duas avaliações sucessivas em situação de risco”, mantendo as restrições atualmente em vigor: Alandroal, Albufeira, Beja, Carregal do Sal, Figueira da Foz, Marinha Grande e Penela.

“Espero bem que, daqui a 15 dias, seja possível que o Presidente da República não sinta a necessidade de requerer o estado de emergência, ou que o Governo não sinta a necessidade de o pedir ao Presidente da República”, afirmou.

No entanto, logo a seguir, deixou um aviso: “Garanto aos portugueses que o Governo nunca hesitará em tomar as medidas que se julgarem estritamente necessárias para a salvaguarda da saúde pública, ou seja, para a saúde e para a vida dos portugueses”.

Neste ponto, o líder do executivo começou por se referir ao desejo já manifestado pelo Presidente da República no sentido de o país não precisar de mais nenhum de estado de emergência a partir de 30 de abril.

“E creio que esse é o desejo de todos os cidadãos portugueses e de todos os órgãos de soberania. Mas isso depende sempre do estado da pandemia e, portanto, da antevisão das medidas que são necessárias adotar”, frisou o líder do executivo.

[em atualização]

EM DIRETO: António Costa / primeiro-ministro
– Conferência de imprensa do Conselho de Ministros

Sintra Notícias com Lusa