A Operação Nariz Vermelho, que visitava 17 hospitais no país, foi obrigada, em março, a recuar temporariamente para seguir as diretrizes da Direção Geral de Saúde (DGS) e os pedidos da administração dos hospitais.

Entretanto, a ONV começou a regressar aos hospitais de forma faseada e, sobretudo virtual – em 15 hospitais, onde ainda não há visitas presenciais -, voltou ao contacto personalizado em janeiro de 2021, através do programa “Palhaços Na Linha”, que se traduz em teleconsultas que ligam os Doutores Palhaços às crianças hospitalizadas.

“Estamos a conseguir voltar ao mesmo número de visitas diárias e ao mesmo número de camas visitados que fazíamos presencialmente, isto representa visitarmos mais de 53 mil crianças por ano. Estamos a recuperar o nível de contacto igual ao programa presencial”, disse a diretora de comunicação e angariação de fundos, Carlota Mascarenhas.

“Através de um ‘tablet’ que vai quarto a quarto e cama a cama dos hospitais que visitamos, regressámos ao contacto direto e individual com cada criança nos dias de visitas em que costumávamos ir presencialmente. Voltámos a ter momentos de interação personalizada, no fundo, a porta do hospital ainda não se abriu, mas encontrámos uma janela para regressar e tem sido muito bem aceite pelos hospitais”, acrescentou.

De acordo com a responsável, as crianças, que já conheciam a ONV, ficaram muito felizes por voltarem a interagir com os doutores palhaços e as que tiveram um primeiro contacto com os artistas reagiram “surpreendentemente bem”, porque o confinamento as aproximou mais das tecnologias para manterem as relações humanas.

Presencialmente, a ONV, já regressou a dois hospitais: ao Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (Cascais] e ao IPO de Lisboa. O programa “Palhaços Na Linha” não foi a primeira tentativa de aproximação da ONV às crianças. 

Numa primeira fase da pandemia, em março de 2020 e no espaço de duas semanas, foi criada a “TV ONV”, um projeto de episódios diários, de segunda à sexta, no canal do ‘youtube’ da instituição para as crianças não perderem o contacto com os doutores palhaços. 

“Improvisámos estúdios de gravação nas casas dos doutores palhaços para terem os seus próprios cenários, figurinos e acessórios para poderem gravar estes episódios em dupla à distância”, explicou a responsável.

A “TV ONV”, segundo a diretora de comunicação da instituição, permitiu chegar a mais crianças, não só as que estão hospitalizadas nos locais visitados pela ONV, mas também às restantes – as que estavam internadas noutros hospitais e as que estavam confinadas em casa. 

Neste momento, a produção de conteúdos diária para o ‘youtube’ foi interrompida, tendo em conta que a equipa artística já está a fazer as consultas diárias – através do programa “Palhaços Na Linha” em 15 hospitais, e presencialmente em dois hospitais.

Por fim, a responsável lembrou que para apoiar a ONV, sem qualquer custo monetário ou perda de benefício fiscal para o contribuinte, o público geral pode selecionar a consignação ao fazer o IRS, fazer uma doação ou comprar na loja da instituição. 

Sintra Notícias com Lusa
Fotografia: Operação Nariz Vermelho