Ministra apela para cumprimento de medidas e reitera confiança na vacinas

A ministra da Saúde voltou a apelar para o cumprimento das medidas de prevenção contra a covid-19, sublinhando que a mobilidade está a aumentar e o teletrabalho a diminuir, e reiterou a confiança nas vacinas.

Em declarações após a reunião de especialistas que hoje decorreu no Infarmed, Marta Temido lembrou que, não obstante o processo de desconfinamento ter começado há menos de 15 dias e estar ainda na primeira fase, a mobilidade está a aumentar e há uma menor utilização do teletrabalho.

Marta Temido insistiu para que, sempre que possível, se continue a optar “pelo teletrabalho e pela restrição dos contactos sociais ao mínimo indispensável”.

“O vírus continua a estar presente no espaço europeu”, afirmou, frisando que, por isso, não podem ser aliviadas as medidas de prevenção.

Questionada sobre a paragem na vacinação com a vacina da AstraZeneca, a ministra sublinhou que se tratou de “uma pausa” e não de “uma suspensão”, reiterando a confiança nas vacinas.

“Qualquer vacina, ou qualquer medicamento, passa por uma avaliação da agência europeia do medicamento [EMA] que tem décadas de trabalho confiável e transparente”, afirmou a governante, lembrando que o que Portugal fez foi seguir as recomendações da EMA.

“As vacinas são seguras. Têm, como qualquer medicamento, um contexto de indicações e restrições e os países têm de as seguir”, afirmou.

Em relação à vacina da AstraZeneca, a ministra explicou que Portugal teve inicialmente uma restrição etária, apenas enquanto aguardava mais estudos, tendo depois passado a aplicar também a vacina ao grupo etário acima dos 65 anos.

“Depois, enquanto a EMA fazia uma avaliação complementar fizemos uma pausa no processo. A informação foi depois conhecida, a agência europeia do medicamento disse que os benefícios desta vacina superam os riscos e que as eventuais ocorrências em pessoas vacinadas – a terem correlação causal, o que ainda não está confirmado – são raras no contexto dos milhões de vacinados, chamando a atenção para os profissionais de saúde e as próprias pessoas estarem atentos, como devem estar atentos à toma e efeito de qualquer medicamento”, explicou.