Portugal tem de vencer a Tunísia para continuar a sonhar, diz Paulo Pereira

O selecionador nacional de andebol, Paulo Pereira, considerou hoje crucial vencer na sexta-feira a Tunísia, no primeiro dos três jogos do torneio pré-olímpico, que inclui ainda França e Croácia, para Portugal poder continuar a sonhar com Tóquio.

“O primeiro jogo num conjunto de três é sempre o mais importante”, referiu Paulo Pereira, que espera uma boa resposta da seleção frente à Tunísia, apesar do momento difícil e delicado que atravessa, com a morte recente de Alfredo Quintana.

Uma vitória frente à seleção tunisina, que procura a quinta presença em Jogos Olímpicos e se encontra a preparar a participação no pré-olímpico há um mês, é meio caminho para Portugal alcançar uma das duas vagas em disputa para Tóquio2020.

“Temos que fazer com que as coisas boas que nós temos surtam efeito no jogo com a Tunísia. Oxalá as coisas corram bem”, disse o selecionador, admitindo adaptações em relação à participação no Mundial2021, motivadas por fatores de várias ordens.

Sem o malogrado Alfredo Quintana, um dos pilares dos êxitos recentes da seleção, nem os lesionados Humberto Gomes e Gilberto Duarte, para além de ter Alexis Borges limitado, Paulo Pereira está obrigado a várias mexidas e a trabalhar novas soluções.

“Pouco a pouco, todos estão a encontrar o caminho a seguir. Temos que ter uma entrada forte [frente à Tunísia], sermos disciplinados taticamente e, apesar dos poucos treinos que tivemos, temos que saber aplicar o plano de jogo”, disse.

Paulo Pereira, pelo que lhe foi já permitido observar, considerou que a seleção tem demonstrado uma vontade e um compromisso enorme em alcançar o inédito objetivo de marcar presença nos Jogos Olímpicos, algo que está à distância de três jogos.

O selecionador espera que Portugal possa manter o registo de jogo que apresentou no Europeu de 2020 e no Mundial de 2021, que renderam as melhores classificações de sempre, sexto e 10.º lugares respetivamente, e sem perder eficácia apesar das adaptações operadas em tão curto espaço de tempo.

Em relação à prestação de Portugal no Mundial2021, Paulo Pereira pretende melhorar a eficácia na finalização, “pois sem isso fica difícil ganhar a estas seleções de nível mundial”, e que a seleção “nunca deixe de acreditar e lutar pelo resultado até final do jogo”.


Sintra Notícias com Lusa
Fotografia: Federação Portuguesa de Andebol