“Não é suficiente as medidas de confinamento ao fim de semana”

O primeiro-ministro reiterou que deverá ser imposto um confinamento geral semelhante ao que esteve em vigor em março do ano passado.

No final da reunião com especialistas durante esta manhã no Infarmed, António Costa anunciou que as novas medidas que serão implementadas para travar a pandemia no país deverão vigorar durante um mês. “Estamos perante uma dinâmica de fortíssimo crescimento de novos casos que é necessário travar”.

O primeiro-ministro diz que há um “consenso muito generalizado perante o que são os números verificados” e que as medidas serão pensadas no “horizonte de um mês” semelhantes às de março, adiantando que “não é suficiente as medidas de confinamento ao fim de semana”.

O primeiro-ministro revelou que número de infeções hoje está acima de sete mil e que há a perceção, errada, de que o perigo já não é tão elevado. “Recomenda-se toda a cautela e essa cautela recomenda confinamento, mas recomenda também que mantenhamos a disciplina, colocando a máscara. Acima de tudo está a vida das pessoas”, respondeu António Costa, questionado sobre se o país e a economia vão aguentar um novo confinamento. “Mais contenção significa também maior apoio”, disse.

Com a pandemia a bater recordes, especialistas dão como inevitáveis mais duas semanas de escalada dos números. Serão necessárias oito semanas para que os novos casos por dia voltem aos 3500, valor registado antes do Natal.

“Nada justifica o encerramento das escolas até aos 12 anos” [António Costa]

António Costa afirmou também, que perante os dados apresentados esta manhã pelos peritos, “nada justifica o encerramento das escolas até aos 12 anos”.

Quanto aos alunos mais velhos, do secundário, onde se verificam mais contágios,” há divergências muito grandes entre os próprios especialistas”, disse o primeiro-Ministro, esclarecendo que, haverá ainda uma ponderação política sobre a matéria.

[Notícia atualizada]