Arrancou no município de Sintra um novo sistema de recolha seletiva de resíduos alimentares que será precedida da distribuição de contentorização (balde) e sacos específicos (produzidos com 100 por cento de plástico reciclado)  para deposição destes resíduos, a cada um dos fogos abrangidos, em simultâneo com uma ação de sensibilização ambiental, que irá introduzir e apelar a uma correta separação, informar sobre procedimentos de deposição, bem como sobre as mais-valias deste novo sistema.

O projeto desenvolvido pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra, vai abranger 4752 fogos habitacionais, nas zonas piloto da freguesia de Rio de Mouro, como A-dos-Francos, Albarraque, Bairro da Felosa, Bairro da Tabaqueira, Cabra Figa (de Baixo), Casal do Marmelo, Covas, Manique de Cima, Moncorvo de Baixo, Moncorvo de Cima, Paiões, Rio de Mouro (velho), Serradas, Varge Mondar e Várzea.

Bruno Parreira, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, manifestou o seu “orgulho” por poder dar este “primeiro passo” na recolha seletiva de resíduos disponibilizando-se para “ajudar a sensibilizar toda a população para a adoção de novos comportamentos para que o programa seja um sucesso”.

O projeto desenvolvido pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra, vai abranger 4752 fogos habitacionais, cerca de 15 mil pessoas, na freguesia de Rio de Mouro

Para o diretor delegado dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra, entidade promotora do projeto, Carlos Vieira, a ideia é “expandir o projeto às 400 mil pessoas que habitam no concelho”. O principal objetivo é “diminuir drasticamente o volume de resíduos em aterros sanitários e promover um maior aproveitamento de recursos para energia e composto orgânico”, sublinhou o responsável.

Com o lema “Bio-Recursos: demasiado bons para desperdiçar!”, a ação baseia-se numa abordagem positiva por contacto pró-ativo, na modalidade mista de telefone-a-telefone (TaT) e porta-a-porta (PaP), garantindo a maior segurança aos munícipes face às atuais exigências e risco sanitário.

“Nestas abordagens, serão apresentadas vantagens de adesão a este sistema de deposição seletiva orgânicos: menor produção de lixo indiferenciado (menos esforço e tempo gastos na gestão doméstica dos resíduos), redução do espaço ocupado em aterros, e maior aproveitamento de recursos para energia e composto orgânico”, explica os SMAS de Sintra em nota enviada ao SINTRA NOTÍCIAS.

Sistema de deposição seletiva orgânicos

A abordagem direta aos munícipes será antecedida pela distribuição de materiais informativos nas caixas de correio e pela divulgação de conteúdos nas redes sociais e canais de comunicação local. Os aderentes a este sistema de valorização (através do contacto 910 443 505) serão reconhecidos com o dístico “Porta – Recursos”, potenciando os efeitos de pertença e reconhecimento social. 

Os “Bio-Recursos” recolhidos serão transformados em composto orgânico ou energia, alavancando-se desta forma poupanças públicas e privadas na gestão dos resíduos urbanos, tendo igualmente em vista as metas preconizadas para o país no PERSU 2020+.