A soprano Roberta Mameli acompanhada pelo ensemble Mare Nostrum, sob a direção de Andrea de Carlo, abre esta sexta-feira, as "Noites de Queluz" | Foto: Allegorica.art

A 6.ª edição das “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie”, no Palácio de Queluz, começa esta sexta-feira com a soprano Roberta Mameli acompanhada pelo ensemble Mare Nostrum, sob a direção de Andrea de Carlo.

Para o maestro Massimo Mazzeo, diretor artístico destes encontros de música, esta é “a melhor edição de sempre, com nomes de referência mundial”, tendo sido possível, no âmbito da pandemia, ter público, com uma lotação de 100 pessoas por espetáculo, e transmitir todos os concertos por Internet.

Em declarações à agência Lusa, Mazzeo não escondeu o contentamento de reunir “tão significativos nomes” num cartaz que se prolonga até 13 de novembro, e que inclui um concerto para famílias, e uma ‘masterclass’ por Andrea de Carlo, sobre a língua italiana na música, no próximo domingo.

De Carlo tem “um percurso excecional”, segundo Mazzeo, tendo organizado `masterclasses` na Academia Barroca de Ambronay, em França, no Festival de Música Antiga Esteban Salas, em Havana, no Centro de Música Barroca de Versalhes, em França, na Universidade de Leipzig, na Alemanha ou na de Guanajuato, no México.

No próximo dia 27, será escutada a serenata “D. Quixote o casamento de Comacho”, de Georg Philipp Telemann, no âmbito do “concerto para a famílias”, com narração de Lígia Roque e a participação do barítono André Henriques, o baixo Christian Lujan, o tenor Mario Maniatapoulos e a soprano Mariana Castello-Branco, acompanhados pela orquestra Divino Sospiro, sob a direção de Mazzeo.

O libreto de Daniel Schiebeler foi traduzido para português pelo musicólogo Bernardo Mariano, que assinalou a “vitalidade e humor aparentemente inesgotáveis” de Telemann que, aos 80 anos, “pegou no episódio do casamento de Camacho com Quitéria, como matéria literária para a serenata”.

Mazzeo realçou “a importância dos jovens em divulgar a cultura no seio das famílias”, sendo este um dos propósitos do “concerto para famílias”.

Fotografia: Allegorica.art