Opresidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, admitiu que os hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Fernando Fonseca (Amadora) “estão com uma pressão muito grande”.

No dia em que se registou o segundo maior número de novos casos desde abril em todo o país (1.278), Luís Pisco, em declarações à agência Lusa, antecipou que possam haver “dias mais complicados” na próxima semana, em que se prevê que a ARSLVT tenha a funcionar uma “coordenação centralizada dos casos para internamento e cuidados intensivos”, distribuindo-os pelas unidades com camas disponíveis para que nenhuma fique assoberbada.

No caso do Beatriz Ângelo e dos outros hospitais da área da ARSLVT, “sempre que é necessário têm sido encaminhados doentes” para outras unidades de retaguarda. O hospital “está numa zona onde os números de covid são muito grandes”, e tem estado a receber “mais de 140 doentes por dia” na sua área dedicada a casos de contágio pelo novo coronavírus“, indicou.

“As urgências não fecham, embora possam estar com mais dificuldades em cuidados intensivos e internamento, porque há muito mais do que covid”, apontou.

Luís Pisco salientou que “não há tantas camas para covid como já chegou a haver em abril porque os hospitais estão a tentar manter a atividade programada”, ao contrário do que aconteceu então, e “as camas não esticam”.

“Temos 6.330 camas médicas e cirúrgicas e ainda podemos abrir mais”, referiu.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde hoje divulgado, em Lisboa e Vale do Tejo registam-se mais 482 casos de infeção do que na quarta-feira, num total de 41.707.

A DGS indica ainda que das 10 mortes registadas no país nas últimas 24 horas, três ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo.