Fundação Cultursintra FP, adquire Trono de António Augusto Carvalho Monteiro

O espólio da Quinta da Regaleira foi hoje enriquecido com a aquisição, pela Fundação Cultursintra FP, do Trono de António Augusto Carvalho Monteiro, o milionário nascido no Rio de Janeiro em 1848, consagrado na tradição popular como o “Monteiro dos Milhões”, alcunha que herdara do pai.

OTrono é uma impressionante peça de mobiliário com cerca de 2,5 metros de altura, em madeira de carvalho esculpida e profusamente decorada, de onde sobressai a cena bíblica do casamento da Virgem, inspirada na obra “Sposalizio” do pintor renascentista Raffaello Sanzio.

A parte superior do Trono forma uma espécie de baldaquino, decorado com motivos vegetalistas assente em duas mísulas que apresentam o motivo “chien corrent” no friso que as liga à parte vertical do espaldar, dando depois origem a duas colunas que por sua vez dão procedência às braçadeiras.

No plano central, forma-se um arqueamento, onde se encontram representados dois medalhões renascentistas, de cada um dos lados, exibindo uma figura feminina e outra masculina que espreitam dois meninos, inseridos numa concha. À volta da concha forma-se uma cercadura de elementos vegetalistas, rematados no alto do espaldar com o motivo “candelabra”, muito em voga no renascimento.

A aquisição desta exuberante peça representa uma iniciativa sem precedentes da Fundação Cultursintra FP na reconstituição dos interiores originais do Palácio da Quinta da Regaleira

A peça encontrava-se numa coleção particular e esteve temporariamente exposta na Quinta da Regaleira, em empréstimo, aquando da sua abertura ao público. A aquisição desta exuberante peça representa uma iniciativa sem precedentes da Fundação Cultursintra FP na reconstituição dos interiores originais do Palácio da Quinta da Regaleira.

O Trono passará a estar exposto aos visitantes da Quinta da Regaleira a partir desta quarta-feira, dia 30 de setembro, encontrando-se programada uma intervenção de conservação e restauro que irá decorrer em simultâneo com a sua exibição ao público.


Texto: Sintra Notícias com Fundação Cultursintra FP