“Jaguar” de António Carlos Cortez vence Prémio Ruy Belo

O júri do prémio considerou o livro de António Carlos Cortez como “um assinalável salto qualitativo em relação à obra do autor” que encara o “poema como caçada terrível”.

O prémio Ruy Belo da Câmara Municipal de Sintra, foi atribuído este ano a António Carlos Cortez, pela obra “Jaguar”.

Publicado pela Dom Quixote, em 2019, o vencedor do Prémio Ruy Belo demonstra uma “coerência estrutural do volume, patente na forma como os diversos núcleos imagéticos que explora se vão desdobrando de forma fulgurante”.

O júri do prémio considerou o livro de António Carlos Cortez como “um assinalável salto qualitativo em relação à obra do autor” que encara o “poema como caçada terrível”.

Nascido em Lisboa, em 1976, o autor é também ensaísta e crítico de poesia.

O júri, constituído por José Manuel Mendes, da Associação Portuguesa de Escritores, Ricardo Gil Soeiro, da Associação Portuguesa dos Críticos Literário, e João Rodil, da Câmara Municipal de Sintra analisou um total de 26 obras.

O Prémio Ruy Belo já galardoou em anteriores edições António Ramos Rosa, Artur do Cruzeiro Seixas, Fernando Guimarães, Manuel de Freitas e Rui Lage.

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Recorde-se, a Câmara Municipal de Sintra promove o Prémio Literário Ruy Belo com o objetivo de dinamizar e estimular a criação literária e como homenagem ao poeta e munícipe de Sintra.

A cerimónia de entrega do prémio está marcada para o dia 30 de setembro, pelas 12h00, nos Paços do Concelho, em Sintra.

António Carlos Cortez

António Carlos Cortez nasceu em Lisboa, em 1976. Poeta, ensaísta e crítico literário, colaborador permanente de diversas publicações, é professor de Literatura Portuguesa e de Português no Colégio Moderno, em Lisboa.

É investigador do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa) em Literatura Moderna e Contemporânea.

Publicou o seu primeiro livro de poesia em 1999. Recebeu em 2011, com Depois de Dezembro (Licorne), o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para melhor livro de poesia publicado em Portugal em 2010.

Na sua obra destacam-se os seguintes livros: O Nome Negro (2013), Animais Feridos (2016) e a antologia A Dor Concreta (2016), vencedora do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores em 2018. É ainda autor de Voltar a Ler, compilação de ensaios e crítica literária.

António Carlos Cortez, tem obras publicadas no México e no Brasil e está incluído em várias antologias de poesia em Portugal e no estrangeiro.