No decorrer de uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e com a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, para debater a situação do Hospital Amadora-Sintra, caso haja sobrecarga devido à covid-19, o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, pediu um equipamento que sirva como “acrescento” ao serviço de urgência do Hospital Amadora-Sintra, “uma vez que se aproxima uma época difícil” caso haja sobrecarga devido à covid-19.

“Nós temos de ter um acrescento da urgência do Hospital Amadora-Sintra. Desde maio, o Hospital Amadora-Sintra foi o hospital de todo o país com maior número de urgências, quase 90 mil urgências. O recurso à urgência vai aumentar bastante. Fisicamente, o hospital não pode aumentar a urgência e, portanto, nós temos de pôr o equipamento necessário para haver um acrescento à urgência”, afirmou Basílio Horta.

O presidente da autarquia de Sintra, referiu que a extensão da urgência daquele hospital pode ser feita com a colocação de uma tenda ou de um contentor, decisão que será tomada pelos técnicos competentes.

Além disso, Basílio Horta salientou que há ainda “uma segunda prioridade”, que diz respeito “ao aumento do número de camas disponíveis” nos dois concelhos, caso a “capacidade do hospital se esgote”.

Marta Temido, ministra da Saúde e Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra

“Fisicamente, o hospital não pode aumentar a urgência e, portanto, nós temos de pôr o equipamento necessário para haver um acrescento à urgência”, — Basílio Horta

“Se houver uma crise grande e o Amadora-Sintra estiver esgotado, nós temos que ter camas fora do Amadora-Sintra”, reforçou, acrescentando que a solução pode passar pela criação de um hospital de campanha ou pela negociação de camas com hospitais privados.

Basílio Horta disse também que a ministra da Saúde “concordou inteiramente” com as duas soluções propostas. “Há um compromisso da ministra. Nós acreditamos quer para uma coisa quer para a outra”, adiantou.

O autarca afirmou ainda que ambas as câmaras municipais [Sintra e Amadora] estão disponíveis para “fazer um contrato-programa com o Governo e com a Administração Regional de Saúde para comparticipar as despesas de aquisição dos equipamentos e do custo do próprio equipamento”.

O presidente da Câmara de Sintra não quis adiantar ainda o valor do montante que o município tem disponível para fazer face a este investimento.

A agência Lusa questionou também a presidente da Câmara Municipal da Amadora, mas Carla Tavares optou por não prestar declarações.


Sintra Notícias com Lusa