Origem de novos casos está identificada ou em investigação

COVID-19 | Marta Temido explica a origem de surtos em Lisboa e na região norte. Há mais sob investigação das autoridades, disse a ministra da Saúde.

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta quarta-feira que os novos casos de Covid-19 na região Norte têm maioritariamente a origem da transmissão identificada ou em investigação, estando associados a situações surgidas em agrupamentos de centros de saúde.

“Destaco a Cabreira – Gerês e Feira -, Arouca, além de outros locais que já tínhamos anteriormente identificado, como a Póvoa de Varzim – Vila do Conde, enquanto agrupamentos de centros de saúde”, declarou Marta Temido durante a habitual conferência de imprensa, em Lisboa, para atualizar a informação relativa à pandemia de Covid-19.

De acordo com a ministra, os novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo (59% do total do país), estão sobretudo associados aos contágios verificados no Hospital de Vila Franca de Xira e em duas estruturas residenciais para idosos, em Santarém e em Setúbal.

A ministra sublinhou que se verificaram mais duas mortes, na região de Lisboa e Vale do Tejo, de pessoas com mais de 80 anos: “Isto significa que a nossa taxa de letalidade é agora de 3,2% e acima dos 70 anos é de 15,4%”.

Muitos dos novos casos ativos, disse também a governante, estão associados a surtos.

Surtos de norte a sul

A Direção-Geral da Saúde (DGS) tem registo de 154 surtos ativos, dos quais 60 no Norte, seis na região centro, 66 em Lisboa e Vale do Tejo, 10 no Alentejo e 12 no Algarve.

O índice de transmissibilidade é agora de 1 (apurado para os dias de 17 a 21 de agosto), tendo registado “um ligeiro decréscimo”, frisou.

Segundo a ministra, a trajetória de crescimento foi interrompida no início de agosto e está agora “numa tendência constante”.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 820.000 mortes e infetou mais de 23,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.807 pessoas das 56.274 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da DGS.