“Hortas urbanas” na bacia de retenção em Rio de Mouro

As obras já em fase de conclusão, "vão permitir instalar mais de 100 talhões, onde vários agricultores urbanos, poderão dar largas à sua vontade de estar ligados à terra podendo cultivar os seus alimentos", disse Bruno Parreira, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro.

A criação do corredor verde no troço da ribeira da Lage, entre Mem Martins e Rio de Mouro, no âmbito de um projecto de Reabilitação Urbana da autarquia de Sintra, permitiu dar uso a um terreno baldio que se encontrava ao abandono, no âmbito do Programa das Hortas Solidárias.

A criação de pequenas hortas em zonas urbanas constitui não só um instrumento de subsistência complementar para as famílias em situação de vulnerabilidade social, consistindo também para a requalificação dos espaços que tendem a degradar-se.

“A Câmara de Sintra ao requalificar a Ribeira da Lage, decidiu transformar a bacia de retenção das Mercês com a criação de hortas urbanas”, recorda o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro, Bruno Parreira.

As obras já em fase de conclusão, “vão permitir instalar mais de 100 talhões, onde vários agricultores urbanos, poderão dar largas à sua vontade de estar ligados à terra podendo cultivar os seus alimentos”, disse o presidente da Junta ao Jornal Correio de Sintra.

“Mais uma vez estamos a falar da ligação à terra e do paradigma relacional entre as pessoas. Quem cultiva e vê nascer, apropria-se a ganha laços de afetividade” — Bruno Parreira

O programa “Horta Solidária” em Rio de Mouro, foi instalado num terreno baldio na Avenida Infante D. Henrique, “um espaço pensado para o desenvolvimento de agricultura urbana, biológica e de subsistência”, lembra Bruno Parreira.

Os munícipes terão direito a frequentar uma ação de formação a realizar pela autarquia. Quem não for selecionado nesta fase, ficará em lista de espera até que alguma das parcelas de cultivo fique vaga.

“Mais uma vez estamos a falar da ligação à terra e do paradigma relacional entre as pessoas. Quem cultiva e vê nascer, apropria-se a ganha laços de afetividade”, sublinha Bruno Parreira.