Amadora fecha 34 estabelecimentos por incumprimento de restrições

A presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, disse hoje que já foram encerrados 34 estabelecimentos durante o estado de calamidade em que se encontra o concelho por desrespeito às restrições impostas pelas autoridades.

Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa e da Câmara Municipal da Amadora

Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, disse hoje que já foram encerrados 34 estabelecimentos durante o estado de calamidade em que se encontra o concelho por desrespeito às restrições impostas pelas autoridades.

A autarca, eleita pelo PS, falava aos jornalistas após a reunião de programação de trabalho das equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à covid-19 no concelho da Amadora, e que decorreu no Centro de Operações Municipal Integrado.

Carla Tavares explicou que antes de o concelho entrar na segunda fase de calamidade, a 1 de julho, em articulação com a unidade de saúde pública tinha sido determinado o fecho de um conjunto de estabelecimentos.

Agora, no quadro de contraordenações existentes e das restrições que resultam do estado de calamidade, como o fecho a partir das 20:00 ou a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a autarca refere que as medidas vieram “facilitar e ajudar quer a polícia municipal quer as equipas mistas no seu trabalho diário de fiscalização”.

De acordo com Carla Tavares, a questão mais difícil que o município enfrenta são os finais de tarde, o período entre as 17h30 e as 20h00. “Prende-se com o maior numero de pessoas em ajuntamento à porta dos estabelecimentos, é o momento do dia mais difícil, em que é necessária uma intervenção de sensibilização muito permanente”, disse.

Carla Tavares, reconhecendo, no entanto, que as pessoas vão cumprindo as determinações. Segundo a autarca, as acções de sensibilização e fiscalização das equipas distribuídas pelas seis freguesias, sempre com um elemento da policia municipal, “têm corrido muito bem”.

“As pessoas, de uma forma geral, acatam as recomendações que são dadas pelas equipas que estão na rua, sete dias por semana até às 20h00”, salientou.

Questionada sobre o número de casos de covid-19 no concelho e os dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde, Carla Tavares frisou ter um “conhecimento muito próximo e direto da realidade dos dados”.

“Admito e reconheço que por ser o território mais pequeno em área da AML, mas o mais densamente povoado do país, é facilitador deste trabalho em rede porque o território é pequeno [24 quilómetros quadrados] e já trabalhava em rede, pelo que a partilha de informação é essencial para ajustarmos a melhor intervenção”, reconheceu. “A nossa equipa de saúde pública reporta diariamente os dados do concelho”, salientou, Carla Tvares, presidente da Câmara da Amadora.

Equipas multidisciplinares no terreno

As seis freguesias do concelho da Amadora – Águas Livres, Alfragide, Encosta do Sol, Falagueira-Venda Nova, Mina de Água e Venteira – encontram-se ainda em estado de calamidade, assim como outras 13 freguesias de quatro outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.

As equipas multidisciplinares existentes no concelho da Amadora estão no terreno desde o dia 20 de Março, altura em que foi activado o Plano de Emergência Municipal.

A reunião de programação de trabalho das equipas constituídas por profissionais das Unidades de Cuidados na Comunidade do Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora, técnicos locais da Segurança Social e da Protecção Civil e Polícia de Segurança Pública ocorre todos os dias e antecede a saída das equipas para o terreno, onde decorre a intervenção junto das populações.

Sintra Notícias com Lusa
Fotografia: AM-Amadora