“Sempre que haja um indício de infeção devem ser todos testados”

COVID-19 | Eduardo Quinta, vereador da Saúde da Saúde da Câmara de Sintra, acredita que os novos casos no Lar de Vale de Lobos, em Almargem do Bispo, estarão relacionados com o desconfinamento e a retoma das visitas aos lares.

Eduardo Quinta Nova, vereador da Saúde na Câmara Municipal de Sintra

A Câmara de Sintra testou 88 pessoas, 54 utentes e 34 trabalhadores, do lar de Vale de Lobos, “apesar da indicação das autoridades da saúde em só testarmos as pessoas sintomáticas”, explica Eduardo Quinta Nova, vereador com o pelouro da Saúde, na Câmara de Sintra.

O lar de Vale de Lobos, em Almargem do Bispo, no concelho de Sintra, tem um total de 24 utentes e dois funcionários infetados com o novo coronavírus. Um dos idosos com covid-19 faleceu no Hospital Amadora-Sintra, na passada quinta-feira, dia 25. “Na sexta-feira, 16 utentes e dois trabalhadores testaram positivo à covid-19″, avança ao JN o vereador Eduardo Quinta Nova.

“Entendemos que sempre que haja um indício de infeção devem ser todos testados e foi o que fizemos quando soubemos que havia mais quatro utentes com covid-19”, explica o vereador da Saúde, acrescentando que “insistimos com a autoridade de saúde para fazermos mais testes e concordaram que testássemos todos. Se não fizéssemos estes testes estas pessoas, que estavam assintomáticas, continuavam a ser uma cadeia de transmissão para os outros”, alerta Eduardo Quinta Nova.

Percebo que as pessoas têm muitas saudades dos seus familiares, mas enquanto esta situação não estiver ultrapassada deviam evitar as visitas” — Eduardo Quinta Nova

Relativamente aos casos mais recentes detetados, os 16 utentes e dois funcionários serão confinados num dos três pisos do lar e a autarquia vai fornecer mais fatos de proteção individual a esta unidade.

“O lar tem falta de fatos” e esta segunda-feira, “vamos levantar mais nos nossos serviços municipais e fornecer-lhes para garantir todas as condições de segurança”, garante.

O vereador Eduardo Quinta Nova, acredita que os novos casos no lar de Vale de Lobos estarão relacionados com o desconfinamento e a retoma das visitas aos lares. “Percebo que as pessoas têm muitas saudades dos seus familiares, mas enquanto esta situação não estiver ultrapassada deviam evitar as visitas, porque podem estar a levar o vírus para dentro do lar”, chama a atenção.

A direção do lar fez saber que a situação, para já, está controlada.

António Sales, secretário de Estado da Saúde e Rui Portugal, Coordenador do Gabinete Regional de Intervenção para a Supressão da Covid-19 em LVT, que falou hoje de Lar de Vale de Lobos, que tem, disse, “16 casos positivos”, numero que o Vereador da Câmara de Sintra, Eduardo Quinta Nova, já tinha confirmado à imprensa

Portugal regista 1.528 casos de utentes de lares infetados com o novo coronavírus, menos 58 que no domingo, estando 145 internados e 303 a aguardar resultados de testes, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde.

De acordo com António Lacerda Sales de um universo de 11.285 utentes, o panorama atual do país em número de infetados em lares aponta para 1.528 casos, disse o governante que falava na conferência de imprensa de balanço sobre a pandemia de covid-19 em Portugal.

O coordenador do gabinete de supressão da covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), Rui Portugal, falou hoje de Lar de Vale de Lobos, que tem, disse, “16 casos positivos” e de “uma instituição no Barreiro com 19 casos”.

“Os lares continuam a ser
uma grande preocupação”
— Graça Freitas

Sobre este tema, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu que “os lares continuam a ser uma grande preocupação”, lembrando que “Portugal adotou a política internacional que é a proteção dos mais vulneráveis”.

“Estão neste momento a ser adaptadas e atualizadas orientações para que a eficácia do combate a surtos a lares ainda seja maior do que aquela que se verifica. É preciso cumprir regras. São os profissionais que introduzem o vírus nos lares, portanto mais uma vez o apelo aos profissionais para que cumpram as regras todas e minimizem a possibilidade de infeção”, referiu Graça Freitas.

A diretora-geral também pediu que “rapidamente se dê o alerta em relação aos primeiros casos”.

“A precocidade com que se alerta a autoridade de saúde é importante. Perante uma suspeita ou situação anómala, comuniquem imediatamente. Quanto mais rápida for a intervenção, mais rápida será a contenção de casos”, concluiu.

Portugal regista hoje mais quatro mortes causadas pela covid-19 do que no domingo e mais 266 infetados, cerca de 85% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, divulgou hoje a Direção-Geral da Saúde.


Sintra Notícias com Jornal de Notícias