“Inicia-se este sábado e decorrerá ao longo dos próximos dias uma operação coordenada de testagem de trabalhadores em empresas e locais de trabalho com fatores de risco na região da Grande Lisboa, no âmbito da estratégia traçada para prevenir e conter os riscos de contágio associados à Covid-19”, pode ler-se em dois comunicados enviados às redações, este sábado, pelos ministérios do Trabalho e da Saúde.

O foco principal, “incidirá em zonas com mais casos identificados e, em particular, em empresas e locais de trabalho com casos diagnosticados ou com fatores de risco associados”, pode ler-se.

Esta operação será conduzida num esforço conjunto das autoridades de saúde, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do Instituto da Segurança Social (ISS).

“É uma maçada termos de fazer isto, é inevitável para conter a doença” Marta Temido

Recorde-se, ao início tarde deste sábado, no decorrer da conferência de imprensa diária da Direção Geral de Saúde (DGS) de balanço da pandemia  Covid-19, a ministra da Saúde, Marta Temido disse que “desde meados de maio que o número de novos casos de Covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo se mantém em cerca de 180 novos casos por dia”, adiantando que “nos oito últimos dias a região, [Lisboa] representou, em média mais de 85% dos novos casos registados no país”. 

Uma tendência de subida das infeções que o governo quer travar, anunciando um “reforço dos esforços de contenção nos concelhos de Sintra, Amadora, Lisboa, Loures e Odivelas”. “É uma maçada termos de fazer isto, é inevitável para conter a doença”, lembra Marta Temido, na conferência de imprensa.

“Reforço dos esforços de contenção nos concelhos de Sintra, Amadora, Lisboa, Loures e Odivelas” — Marta Temido

“Primeiro, o rastreio da infeção focado nas atividades em que se tem verificado maior incidência e surtos da doença – designadamente áreas ligadas à construção civil, cadeias de abastecimento, transporte e distribuição”. 

Em segundo lugar, “a testagem de todas as pessoas em relação às quais as autoridades de saúde tenham determinado a vigilância ativa por serem contactos dos referidos profissionais”. Por fim, “a determinação do confinamento obrigatório destas pessoas e a garantia do mesmo”. 

O acompanhamento clínico de casos confirmados será feito “diariamente” por profissionais de saúde através de visitas domiciliárias ou “locais alternativos para o confinamento domiciliário, quando se comprove que as condições de habitabilidade não reúnem os critérios de exequibilidade para o isolamento”.