As praias do concelho de Sintra não vão ter toldos nem barracas durante a próxima época balnear, de forma a aumentar o espaço disponível no areal, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Basílio Horta.
“Chegámos a acordo com os concessionários para que as nossas praias não tenham nem toldos nem barracas. É um gesto muito relevante e de grande solidariedade”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Segundo explicou Basílio Horta (PS), esta cedência dos concessionários vai permitir aumentar o espaço disponível no areal e, consequentemente, que mais pessoas possam “desfrutar das praias”.
“Devido a este confinamento, mais do que nunca as pessoas sentem necessidade de ir à praia. Por isso, estou muito feliz com este acordo”, sublinhou o autarca.
Relativamente às medidas anunciadas pelo Governo para a utilização das praias na reabertura da época balnear, que acontece em 6 de junho, Basílio Horta considera que estas poderão ser “exequíveis desde que fiscalizadas”.
“Creio que o essencial deve ser sempre salvaguardado. Não interessa legislar muito se não existir capacidade de fiscalização”, defendeu.
No entanto, o autarca adiantou que na quinta-feira decorrerá uma reunião para debater estas medidas, na qual participará a Câmara de Sintra, o secretário de Estado do Ambiente e o presidente da Associação Portuguesa do Ambiente (APA).
“Vamos analisar e discutir as medidas. É preciso que tudo seja visto com grande cuidado e bom senso”, sublinhou.
Plano de desconfinamento
De acordo com o plano de desconfinamento divulgado após a reunião de sexta-feira do Conselho de Ministros, durante a época balnear, os utentes das praias devem assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos, a partir de 06 de junho.
No areal das praias estão interditas atividades desportivas com duas ou mais pessoas, exceto atividades náuticas, aulas de surf e desportos similares.
Nos toldos, colmos e barracas de praia, em regra, cada pessoa ou grupo só pode alugar de manhã (até às 13h30) ou tarde (a partir das 14h00)”, com o máximo de cinco utentes.
Ao contrário de anos anteriores em que a época balnear arrancava em 1 de junho, este ano começa em “6 de junho”, devido à situação de pandemia da covid-19, determinou o Conselho de Ministros.
Relativamente ao estado de ocupação das praias, vai existir “sinalética tipo semáforo”, em que a cor verde indica ocupação baixa (1/3), amarelo é ocupação elevada (2/3) e vermelho quer dizer ocupação plena (3/3).
Segundo o Governo, a informação sobre o estado de ocupação das praias vai ser “atualizada de forma contínua, em tempo real”, designadamente na aplicação “Info praia” e no sítio na internet da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).