Estação de comboios de Sintra | Foto: DR CMS

Os socialistas enviaram uma pergunta ao ministro Pedro Nuno Santos sobre que medidas estão a ser tomadas para cumprir as regras das autoridades de saúde nas linhas de Sintra, Cascais e Azambuja.

Os deputados do PS alertam para “os problemas crónicos” nos comboios das linhas de Azambuja, Cascais e Sintra e dão vários exemplos: “comboios lotados nas horas de ponta, supressão frequente de comboios previstos nos horários em vigor, falta de condições de abrigo em muitas paragens, deficientes condições de higiene e salubridade em muitas estações, material circulante obsoleto” e “falta de recursos humanos para apoio de passageiros”.

Perante este cenário, os socialistas alertam que “durante o mês de maio” deverá existir um aumento “substancial” de utilizadores e é “absolutamente necessário que tanto passageiros como os trabalhadores destes transportes possam utilizá-los cumprindo as orientações emanadas pelas autoridades de saúde e em segurança de modo a não fazer do transporte público um veículo de transmissão de covid-19”.

O PS coloca quatro questões ao ministro das Infraestruturas e da Habitação e pretender apurar se os comboios estão preparados para acolher mais utentes em condições de segurança.

Os deputados socialistas questionam ainda o ministro Pedro Nuno Santos sobre “como vai o operador de transportes comunicar atempadamente com os utilizadores do comboio sobre as medidas que vai implementar para garantir a segurança de passageiros e trabalhadores” e se “já foi realizado o reforço de mais três comboios para a linha de Sintra que foram anunciados em fevereiro e previsto para o final de abril”.

Governo já admitiu que não consegue reforçar
oferta nas linhas de Sintra e Cascais

Recorde-se, o ministro das Infraestruturas admitiu, na semana passada, que não existem comboios suficientes para aumentar a oferta e que as linhas não suportam mais comboios em hora de ponta. Apelou também aos utentes a não entrarem nos comboios já muito cheios e que usem sempre a máscara dentro do comboio e da estação.

O Governo admitiu a 4 de maio que não consegue reforçar a oferta de comboios da CP nas linhas de Sintra e de Cascais. “A linha de Sintra e de Cascais, mais a linha de Sintra, são linhas muito frequentadas em tempos normais com lotações muito elevadas, e é muito difícil conseguirmos meter mais comboios”, disse o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, referindo que a oferta de comboios já foi reposta a 100%, depois da diminuição registada durante o Estado de Emergência.